verificador pinterest Casa, Coisas e Sabores: setembro 2011

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Lasanha de peito de peru do marido


- Marido, quer fazer uma lasanha para a gente jantar? Não posso parar o trabalho.
- Faço. Como é?
- Colocamassanatravessamolhopeitodeperudenovoequeijo. Cuidado com o queijo, que tem pouco.
- Xá comigo.

E as instruções "superbem explicadas" que não foram seguidas tão à risca deram como resultado uma lasanha simples, rápida e muito gostosa. Essa é para abandonar a lasanha congelada. Segundo o marido, a lasanha ficou tão gostosa porque ele não me ouviu e achou melhor fazer do jeito dele, senão tinha ficado ruim. É melhor ouvir isso do que ser surda. E não é que até a massa ficou no ponto perfeito?

Aqui em casa, costumo comprar a massa de lasanha grano duro da marca Renata, que vem em embalagem de 200 g. Gosto da qualidade da massa e também porque ela vem na quantidade certa para duas pessoas, o que evita o "sacrifício" de comer lasanha na próxima refeição. Isso é delicioso, mas é melhor cortar o mal pela raiz.

Falando em saudável, a lasanha do marido leva peito de peru - que contém menos gordura - e pouco queijo. De vez em quando, pode.

Lasanha de peito de peru do marido
(Rende duas porções bem servidas, até três)

1 pacote de massa para lasanha (200 g)
200 g de queijo muçarela
250 g de peito de peru
Manjericão fresco ou orégano a gosto

Molho
1 pacote de molho de tomate pronto
1/2 caixa de creme de leite
1/2 xícara de leite

A massa de lasanha que uso é dura, mas não precisa ser cozida antes de montar. Para que isso dê certo, garanta que terá molho o suficiente para cozinhar a massa no forno.
Preparando o molho: misture o molho de tomate com o creme de leite e o leite, que fará o molho render e o deixará mais líquido.
Montagem: comece colocando um pouco do molho no fundo da travessa, coloque uma camada de massa, mais molho por cima e, em seguida, fatias de peito de peru que cubram a massa. Depois é só repetir as camadas nessa ordem, sempre colocando uma camada generosa de molho por cima da massa. No meio da lasanha, acrescentei uma camada extra de queijo. Termine a montagem com uma camada de massa, molho e queijo. Jogue o que sobrou do molho rente às laterais da travessa. Finalize salpicando manjericão ou orégano. Leve ao forno médio-baixo (aqui foi no médio, pois o forno é fraco) por 20 a 30 min, até que o queijo de cima fique douradinho.

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A lasanha que compro é DESSA linha da marca Renata. Essa postagem não foi patrocinada (que pena!), apenas estou apontando um produto que consumo e gosto.

Morro de preguiça de fazer molho de tomate caseiro, mas é coisa simplesmente deliciosa. AQUI tem todas as dicas para se fazer o molho em casa.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reaproveitamento de cascas (de abacaxi)



Essa receita é tão simples que nem dá para chamar de receita direito. Está mais para dica. Então, fica a dica: em vez de jogar as cascas das frutas fora, faça geleia com elas. O aproveitamento da fruta é total, pois você pode usar a polpa para fazer sucos, bolos, enfim, a receita que quiser, e os "resíduos" são transformados em uma gostosa geleia para acompanhar a torrada no café da manhã. E não tem mistério. Como praticamente tudo por aqui, é fácil de fazer.

Neste caso, a casca de 1/2 abacaxi, cuja polpa foi armazenada em um pote bem fechado na geladeira, escapou de ir para o lixo. Cortei a casca em pedacinhos e bati no liquidificador com um pouco de água. Isso me rendeu cerca de 400 ml de líquido. Coloquei em uma panela e levei ao fogo com 10 colheres de sopa de açúcar e o suco de 1 limão. É só misturar os ingredientes e depois manter em fogo baixo, sem mexer. De vez em quando, é legal retirar com uma colher a espuma que se forma na superfície da panela, para a geleia ficar mais translúcida.

Quando chegar à consistência de geleia (lembre-se de que ela vai endurecer mais um pouco depois de esfriar), depois de uns 30 min no fogo, nesse caso, está pronto. Geleia pronta, é só colocar em um vidro com tampa que foi esterilizado (ficou na água fervente uns minutos). Guarde na geladeira.

Atualização em 03/10/11 - Só um aviso aos navegantes: como usei a casca batida integralmente, a geleia ficou bem fibrosa, era essa a ideia mesmo e fica bem gostosa assim, com uma textura de coco ralado. Se você quiser, pode coar a casca batida para obter uma geleia mais lisa, mas isso faz o líquido render bem menos.

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Não sei se a geleia pode ficar fora da geladeira. Pelo sim, pelo não, deixo no friozinho, que impede a proliferação de micro-organismos.

AQUI estão dicas bacanas para produzir geleias caseiras, inclusive para no caso de produção em pequenos negócios.

ESSAS receitas são ótimas para aproveitar cascas e folhas, tem inclusive uma receita de geleia tutti-frutti com cascas de várias frutas!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Frango ao vinho


Essa receita é uma variação modesta do coq au vin (ao pé da letra, galo ao vinho) francês. A inspiração foi no sentido de cozinhar uma ave no vinho tinto, mas não segui nenhuma receita fielmente. O frango ao vinho é uma ótima opção para variar o preparo da ave e para aproveitar algum restinho de vinho que esteja na geladeira desde não sei quando - como foi o caso por aqui. É um prato tanto para o dia a dia, pois é de preparo rápido, quanto para alguma ocasião especial, pois o vinho deixa a coisa chique.

Além da cor muito interessante que o vinho dá ao frango - e do sabor -, o alecrim deixa um gostinho muito especial na carne. Você pode usar as ervas de sua preferência para temperar o frango, como tomilho e segurelha. Acho que ervas de sabor mais "fresco" combinam mais, mas fica a gosto.

Frango ao vinho
(Rende duas porções)

4 sobrecoxas de frango (ou o corte de frango que quiser)
1/4 de cebola picada
3 dentes de alho fatiados
1 cenoura média em rodelas finas
1/2 xícara de vinho tinto
1/2 a 1 xícara da água
2 galhinhos de alecrim fresco
Sal e pimenta do reino a gosto
Azeite a gosto

Limpe as sobrecoxas, retirando a pele e o excesso de gordura. Sempre faço isso, até para assar. Depois, lave os pedaços com suco de limão ou vinagre e enxague. Tempere as sobrecoxas com sal e pimenta do reino. Em uma panela ao fogo, doure a cebola e o alho no azeite, junte o frango e deixe dourar também. Acrescente a cenoura e refogue mais um pouco. Junte o vinho e deixe borbulhar por alguns momentos, para que o álcool evapore. Coloque a água e o alecrim. Deixe o frango cozinhar bastante, com a panela tampada, até ficar bem macio. Se o líquido da panela for secando, acrescente mais água. Quando as sobrecoxas estiverem bem cozidas e o molho da panela, mais consistente, está pronto. Aqui ficou uns 20-30 min no fogo.

A receita de coq au vin na qual dei uma olhada (essa indicada abaixo) dizia para deixar o frango em uma marinada. Por isso desisti de segui-la e fui fazer a meu modo, pois não estava com tempo nem tenho paciência para marinar nada. Se você quiser fazer a marinada, é só colocar o frango cru com todos os ingredientes da receita (menos a água) dentro de um saco, em um recipiente dentro da geladeira, por algumas horas. A carne ganha bastante sabor nesse processo.

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ESSA é uma receita de coq au vin bourguignone tradicional, do infalível Panelinha.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Farinha de copioba e uma farofa fácil


Ganhei de mamis um saco de farinha de copioba, que ela descobriu nas andanças por casas de artigos nordestinos, em busca por outro tipo de farinha. Acabou que a farinha de copioba ganhou fãs lá em casa: ela é amarelinha e levemente temperada - já explico essa parte -, por isso nem precisa acrescentar muita coisa para ter um farofinha muito gostosa, o que a torna um ingrediente prático. E isso é coisa que a gente gosta.

Pesquisando na internet, descobri que é uma farinha muito usada na Bahia e que os baianos são muito fãs. O nome se dá justamente porque, na região do Recôncavo baiano, onde é originariamente fabricada,  a fazenda Copioba que ficava na serra de mesmo nome fazia uma ótima farinha. Então as boas farinhas da região passaram a ser conhecidas como farinha de copioba. Isso tudo eu soube pela Neide do ótimo blog Come-se, que foi investigar in loco a tal da farinha.

A Neide também conta que a cor amarela característica pode ser tanto por causa da adição de corante amarelo quanto pelo acréscimo de temperos que dão essa cor, como cúrcuma ou açafrão. No segundo caso, já temos uma farinha temperada que resulta em um farofa gostosa com pouca coisa, como parece ser o caso da farinha de copioba que caiu em minhas mãos (o que seria de mim sem mamis?).

Minha mãe fez uma farofinha ótima só torrando a farinha de copioba na manteiga e acrescentando salsinha e cebolinha bem picadas no final. A farofa da foto foi feita refogando talo de brócolis bem picadinho (aquele talo grosso que sobra depois que se tiram as "arvorezinhas") com alho no azeite. Juntei a farinha de copioba e deixei torrar um pouquinho. E só. Para a turma dos farofeiros, é uma delícia.

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Confira a viagem do Come-se em busca das origens da farinha de copioba AQUI.

Você ainda joga fora talos e cascas dos vegetais? ESSA apostila da Pastoral da Criança, iniciativa ligada à CNBB que promove o bem-estar materno-infantil, traz algumas receitas de reaproveitamento, inclusive uma farofa de talos.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Aviso

Desde a semana passada, vários blogs da plataforma Blogger estão sofrendo com algo que seria um bug: um alerta de malware estava aparecendo quando se tentava acessar alguns blogs. Acredita-se que alguma(s) ferramenta(s) que alguns blogs continham em sua página (contador de acessos, calendário) estava sendo identificada como um malware (código "malicioso" que pode danificar o computador de quem acessa) pelo Google por engano. Mas, como disse, isso parece ser uma falha de identificação e não um risco real.

Há relatos de que o alerta só apareceria para quem usa o Google Chrome como navegador na internet. Já outros dizem que também aparece se forem usados o Mozilla Firefox ou o Internet Explorer.

O Casa, Coisas e Sabores estava sendo afetado porque alguns blogs que estavam na lista do "Blogs da Casa" estavam sendo identificados como contendo malware, por isso quem entrava aqui estava recebendo um alerta de risco de acesso, por causa dos links que continha para os blogs "com problemas". Apaguei todo o conteúdo do "Blogs da Casa", com isso os links não estão mais presentes no Casa, Coisas e Sabores, e, ao que tudo indica, o acesso ao nosso cantinho está acontecendo normalmente, sem alertas assustadores.

Podem navegar por aqui sem medo, viu? Eu também fiquei muito assustada quando vi e por isso estou aqui para esclarecer as coisas. Todos nós esperamos que essa falha seja resolvida rapidinho para que a gente possa visitar os blogs que a gente gosta sem sustos.

De volta a nossa programação normal, confira a receita novinha em folha (com chocolate!) aí de baixo :-)

Larica dos 'muleke': Danette caseiro



Tô com fome, quero chocolate! Em um dia de muita larica de doce, despensa meio vazia e pouco tempo disponível, queria uma receita com chocolate de preparo rápido, que rendesse poucas porções - o suficiente para matar a vontade e não sobrar muito - e que eu não tivesse que esperar muito para comer (se bem que eu não costumo esperar nada esfriar para poder comer). Esse creminho de chocolate ficou igual ao Danette (R) que a gente compra no supermercado e me deixou feliz. Se bem que não fui atrás exatamente disso.



A receita na qual me baseei era de estrogonofe de chocolate, que parece ser coisa boa e que pretendo fazer um dia como se deve. Mas, só para "variar", ficou faltando uma coisa ou outra para poder seguir a receita tal qual. Sem problemas, ficou muito bom e ainda fiquei com uma receita de Danette (R) caseiro. O sabor e a consistência ficaram idênticos, e foi o marido que percebeu isso. Até então, tinha ficado só com a impressão de estar comendo algo de chocolate muito familiar. E sabe o que é melhor? É fácil, simples e rápido de fazer. Gosta de Danette (R)? Acho que agora você ficou com um delicioso "problema".

Danette (R) caseiro
(Rende cerca de 2 xícaras)

1 e 1/4 de xícara de leite
1 colher de sopa de amido de milho (Maizena)
1/4 de xícara de açúcar
3 colheres de sopa de chocolate em pó
1/2 caixa de creme de leite
1/4 de xícara de castanhas (opcional)

Misture em uma panela o leite com o amido de milho, acrescente o açúcar e o chocolate em pó, e leve ao fogo médio até engrossar e ficar um mingauzinho. Espere esfriar um pouco (eu coloquei o creme em um outro recipiente e deixei dentro de um pote com água fria, pois tinha pressa!) e junte o creme de leite e, se quiser, castanhas picadas grosseiramente. Coloquei nozes e castanha de caju, mas isso é totalmente opcional. Como a receita original era de estrogonofe, pedia nozes e eu achei uma boa ideia. Sem as castanhas, fica o Danette (R) original.

É para comer de colher e fica ótimo para colocar em copinhos ou xícaras de café, que é minha sugestão para servir a sobremesa. O chocolate em pó tem um sabor mais intenso, mas, se você só tiver achocolatado em casa, pode usá-lo. Nesse caso, para meu paladar, nem colocaria o açúcar da receita, mas você pode provar se está doce o bastante depois de colocar o achocolatado e corrigir o açúcar a seu gosto.

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A receita original é ESTA, de estrogonofe de chocolate.

Uns guris resolveram gravar o "clipe" de um funk de letra muito peculiar. O Larica dos Mulekes bombou na internet com o refrão "tô com fome, quero leite". Conheça AQUI.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Semana do Peixe: por mais pescados na mesa

Quando foi a última vez que você comeu um delicioso peixe assado ou se deliciou com outro produto do mar? Para incentivar o consumo de pescados como parte de uma alimentação saudável, o Ministério da Pesca e Aquicultura e o Ministério da Saúde lançaram a Semana do Peixe, uma iniciativa que conta também com o apoio dos supermercados e restaurantes e que acontece até o próximo sábado (24).

A campanha promove informações sobre os benefícios dos pescados à saúde, como escolher produtos de qualidade e conservá-los, e como prepará-los de forma segura e saudável. Sabia que os pescados (assim como qualquer outro alimento), após descongelados, só podem voltar ao freezer depois de preparados? E que os peixes devem ser congelados sem as vísceras e os crustáceos (como camarões e lagostas), sem a cabeça? Essa eu não sabia.

Os pescados são alimentos naturalmente com baixo teor de gordura, fontes de aminoácidos e vitaminas essenciais para o bom funcionamento do organismo. Eles fazem tão bem que o Ministério da Saúde recomenda o consumo de peixe fresco pelo menos duas vezes na semana. No entanto, a campanha também incentiva colocar o pescado na alimentação seja ele congelado, enlatado ou seco. Cá para nós, peixe fresquinho não tem igual.

Levanta a mão quem segue essa orientação (a minha ficou paradinha). Acredito que regiões do país onde há o costume de se incluir o peixe na alimentação do dia a dia apresentam consumo bem alinhado com o que as autoridades de saúde recomendam. E eis a palavra-chave: hábito. Uma vez instalada a vontade, é preciso também garantir o acesso a esse alimento.

A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, acredita que, além do estímulo para uma alimentação mais saudável, é preciso organizar e apoiar a produção pesqueira (aquicultura), para aumentar a oferta de pescado.


O hábito de incluir pescado na alimentação deve ser esforço nosso, mas facilitar o acesso é um incentivo extra. Na área onde moro, encontrar peixe fresco não é tarefa fácil. Apenas uma rede de supermercados tem setor de peixaria e os produtos nem sempre são o que chamaria de frescos. Conseguir peixe de qualidade só em passeios a um mercado do produtor. Passeio não é rotina.

As receitas com peixe do blog mostram bem que tipo de pescado entra aqui em casa e a periodicidade, bem abaixo do recomendado. Vamos entrar juntos em um pacto por mais peixe em nossas mesas?

Confira nossas receitas (todas podem ser feitas com qualquer tipo de peixe, no caso do hambúrguer, já cozido):

Peixe no papilotte
Peixe escondidinho
Hambúrguer de atum com aveia

(Atualização) E o seu hábito em relação aos pescados? Conta aí nos comentários se você gosta de peixe, quantas vezes por semana costuma comer,  qual é o estado onde vive, se é fácil encontrar bons peixes por aí...

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Fonte: site da Semana do Peixerelease oficial da Semana do Peixe 2011. Imagens: site da Semana do Peixe.

Confira AQUI a cartilha da Semana do Peixe, distribuída a consumidores de todo o país.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Frango com geleia e maçã


Um dos problemas de quem come muito frango, em busca de uma alimentação mais saudável ou por gosto, é que chega um momento que você não sabe mais o que fazer com o bicho. Assado, ensopado, grelhado (a seção filé de peito de frango é um dilema à parte). Com molho, sem molho. Para ajudar a variar o franguinho nosso de cada dia, essa receita coloca geleia e maçã junto com a penosa, dando um sabor diferente e agridoce em uma receita simples, prática, porém inusitada e "de presença".

Apesar do empate técnico nas tags temáticas do blog (na coluna da esquerda) - a postagem de hoje desempatará -, sou mais de frango do que de carne bovina, e há algum tempo atrás quase não comia carne vermelha, por preferência mesmo. Consegui a proeza de ir para a Argentina e ficar basicamente no frango. Essa época ficou para trás e me arrependo no caso da Argentina, mas ainda sou muito fã de um frango bem preparado.

Essa receita me surpreendeu pelo sabor e pela simplicidade. São ingredientes comuns, que com certeza são figurinhas fáceis na sua casa. A geleia de gengibre (no lugar da geleia de damasco, como a receita original pedia) deu um toque picante que fez a diferença. Mas fique à vontade para usar a geleia de damasco ou de alguma outra fruta cítrica (laranja, tangerina), ousar com uma geleia de pimenta ou aloprar com geleia de frutas vermelhas.

Frango com geleia e maçã

6 pedaços de frango (coxas e sobrecoxas)
1 maçã grande
1 cebola média
4 dentes de alho
Geleia de gengibre (usei a caseira, a receita está AQUI)
1 laranja
Sal e pimenta do reino a gosto

Limpe os pedaços de frango (eu tiro a pele e o excesso de gordura) e lave-os, esfregando com limão. Tempere o frango com sal e pimenta do reino (usei a branca). Corte a maçã e a cebola em pedaços grandes, tire a casca dos dentes de alho, para usá-los inteiros, e reserve. Acomode os pedaços de frango em uma travessa e, entre os pedaços, encaixe os pedaços de maçã, de cebola e o alho. Pincele geleia de gengibre sobre o frango e os pedaços de vegetais. Regue tudo com o suco da laranja. Leve a travessa ao forno a 200º C por cerca de 1 hora. Coloquei metade do tempo com papel alumínio cobrindo a travessa e a metade final sem cobertura, para dourar.

Já pensou se fossem uns gomos de laranja no lugar da maçã? Ou, mais na linha da receita, uns pedaços de pera? Tenho para mim que ficava bom.

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A receita original é ESSA, do blog da Rita do Panelinha.
O blog Pitadinha mostra AQUI como fazer uma geleia de pimenta express.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Hambúrguer de atum com aveia


Essa receitinha mais que saudável leva ingredientes bem comuns - é difícil não tê-los na despensa - e em pouca quantidade. Ótima opção de "refeição para um", esse hambúrguer ainda foi enriquecido com um ingrediente poderoso: a aveia. Fonte de fibras, a tão nutritiva aveia aparece nesse hambúrguer de atum, mas é como se nem aparecesse: não interfere no sabor e ainda ajuda a dar a consistência necessária ao hamburguinho.

Sabe aquela latinha de atum que você tem no armário? Deixe separada que a partir de agora vou contar quais os ingredientes e como fazer um hambúrguer de atum com aveia gostoso, fácil e saudável. Ver essas três últimas palavras juntas não dá a maior vontade de fazer?

Hambúrguer de atum com aveia
(Rende dois hambúrgueres pequenos)

1 lata de atum conservado na água
1 colher de chá de cebola ralada (ou a gosto)
1 colher de chá de salsinha, cebolinha ou coentro (ou a gosto)
2 colheres de sopa de farelo de aveia
1 colher de sopa de azeite

Você pode usar o atum ralado ou sólido, desde que sejam conservados na água, pois assim é mais saudável. Se o atum for ralado, escorra bem com a ajuda de uma peneira, apertando com uma colher para eliminar o excesso de água. Isso é importante para que seja possível modelar o hamburguinho. Se o atum for sólido, descarte a água e triture-o bem. Acrescente a cebola e a salsinha/cebolinha/coentro (usei coentro) ao atum e misture. Junte a aveia (como só tinha aveia em flocos, passei-a no processador para ficar mais fina) e o azeite, misture bem. Para modelar os hambúrgueres, faça uma bola e depois achate-a, ajeitando as laterais com os dedos. Leve os hambúrgueres à frigideira com um fio de azeite. Macete: coloque o fogo bem baixo e deixe os hambúrgueres dourarem bastante, virando de vez em quando e com cuidado, com a ajuda de uma espátula. Isso faz com que se forme uma casquinha na superfície e a água do atum vá evaporando, deixando o hambúrguer firme.

Apesar de a receita render dois hamburguinhos, eles são muito pequenos e, cá para nós, só dão para uma pessoa. Acompanhei os hambúrgueres de arroz integral. Ai, como eu tô saudável.

Aveia para lá, aveia para cá, me deu a maior vontade de encarar um mingauzinho de aveia, daqueles de criança e dos velhinhos. Vocês curtem?

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A receita original foi retirada da revista O Poder dos Grãos e Cereais, Ano 2, nº 2, da editora Alto Astral

A aveia ajuda a emagrecer e a combater o colesterol ruim, e é aliada dos diabéticos, entre outros benefícios. Saiba mais AQUI.

Outro jeitinho bom de consumir aveia é ESSE cupcake de aveia e camomila.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Blogagem coletiva: morte (e o Pan de Muerto)


Nesta nova etapa da Blogagem Coletiva Fases da Vida, fomos convidados a abordar um tema delicado: a morte. Para nós, brasileiros, e para a maioria das culturas de raízes cristãs, é um assunto que evoca tristeza e lamento. No entanto, outros povos lidam com esse momento de forma absolutamente diferente, como no México, onde o Día de Muertos é celebrado com festa e comidas típicas, como o Pan de Muerto, que ilustra a postagem e que mostro adiante como se faz.

O Dia de Finados, lembrado em 2 de novembro, é um momento em que, por aqui, as pessoas geralmente se recolhem e vão aos cemitérios prestar homenagens a seus entes queridos que já se foram. Há inclusive uma “lenda” de que sempre chove neste dia. E eu acho que chove mesmo, pelo menos na alma das pessoas, pois é um dia de luto.

No México e em outros países da América Central, os costumes dos povos indígenas se misturaram às tradições católicas levadas pelos espanhóis e com isso os antigos rituais ligados à morte passaram a coincidir com a data católica, porém, com significado um pouco diferente da tradição cristã. As celebrações do Día de Muertos começam em 1º de novembro e se estendem pelo dia seguinte com festa animada e comidas típicas. Acredita-se que os mortos venham visitar seus parentes durante esses dias, por isso devem ser recebidos com música, dança e seus pratos preferidos.


Famílias inteiras vão aos cemitérios levar suas oferendas, com velas, comidas e objetos dos quais aquelas pessoas gostavam em vida. As caveiras são um símbolo muito presente não só nesta data, mas na cultura mexicana no geral, e as mesmas aparecem de forma nada sombria, muito coloridas e enfeitadas com fitas, flores e outros adereços. As crianças esperam ansiosamente pelas calaveritas de açúcar, doces em formato de caveiras.

Depois de conhecer essa forma tão diferente de se lidar com a morte, experimentei em casa a receita do Pan de Muerto, um pão doce sovado típico da data, de formato redondo e com decoração que remete a ossos. Pode parecer um pouco macabro, mas retrata uma leveza e uma naturalidade em se lidar com a morte.

Pan de Muerto (pão de morto)
(Rende um pão bem grande)

½ xícara de leite
½ xícara de água
4 colheres de sopa de manteiga
No total, de 5 a 7 xícaras de farinha de trigo (ao longo da receita explico melhor)
1 colher de café de sal
¾ de xícara de açúcar
1 tablete (15 g) de fermento biológico fresco
3 ovos
3 colheres de sopa de extrato de anis*

*Preparando o extrato de anis: no dia anterior, peguei anis-estrelado (2 unidades) e coloquei em um pote fechado com 4 colheres de sopa de cachaça. Podem ser usados também essência ou licor de anis.

Coloque o leite, a água e a manteiga em uma panela e leve a fogo baixo para esquentar, mas não pode deixar ferver. Pegue 1 e 1/2 xícara de farinha de trigo e misture com o sal, o açúcar e o fermento (esfarele esse último com as mãos, para ajudar a misturar). Junte essa mistura seca com o preparado de leite que você esquentou. Acrescente os ovos, o extrato de anis e mais 1 xícara de farinha de trigo. Misture bem. Até então, você terá uma massa bem líquida. Vá misturando o restante da farinha, de xícara em xícara, primeiro no recipiente e depois sovando a massa em uma superficie enfarinhada, até obter uma massa elástica e que não grude nas mãos. Em precisei, no total, de 7 xícaras de farinha para chegar ao ponto, mas isso depende dos ingredientes, do tamanho dos ovos, do estado de espírito...Deixe a massa descansar até dobrar de tamanho. Aqui ficou cerca de 1 hora dentro do forno, que eu havia ligado antes por 3 min para ficar morninho. Depois de crescida a massa, é hora da modelagem.

Separe ¼ da massa para a decoração e faça uma bola com o resto. Com a porção separada, faça uma bolinha maior para colocar no topo e várias outras bolinhas menores, que você juntará - apertando as extremidades para juntar as massas das bolinhas - para formar duas cobrinhas, imitando “ossos”. Passe ovo batido em cima do bolão de massa e disponha as duas cobrinhas em cima, passe ovo batido em cima das cobrinhas também e finalize com a bolinha maior no topo (veja a foto para entender melhor). Deixe descansar por mais 1 hora e leve ao forno a 180º C por cerca de 40 min.

Aqui, dividi a massa e fiz um pão médio e um pequeno. Ele fica um pão sovado bem macio e com sabor levemente doce, o anis aparece de forma bem suave. Se quiser, depois de assado, finalize com manteiga derretida e açúcar cristal por cima.

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Referências: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_dos_Mortos e http://es.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADa_de_Muertos

A receita do Pan de Muerto foi retirada DAQUI.

Para conferir as outras participações da BCFV, visite os blogs Publicar para Partilhar, Na Cozinha ou Espiritual-idade.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Carpaccio vegetariano ou salada de beringela


Essa salada de beringela é leve, mas, ao mesmo tempo, substanciosa o suficiente para servir de refeição. A beringela cortada em rodelas e a disposição das fatias lembram o visual de um carpaccio - originalmente feito com carne -, por isso, apesar de não ter me baseado em nenhuma receita, pode chamar de carpaccio vegetariano que é mais chique.

É chique, mas nem por isso complicado. O tempero fica por conta da despensa de sua casa, porque podem entrar ingredientes vários nesse carpaccio vegetariano de beringela.  E, se você quiser, nem precisa ser de beringela. Gostou da ideia? Aqui tem a receita e a rebeldia: depois de mostrar o que tinha na minha salada, vou dizer como você pode não seguir os mesmos passos e fazer uma salada só sua.

Carpaccio vegetariano ou salada de beringela
(Rendimento: duas porções)

1 beringela média 
(Vinagre, para tirar o amargor da beringela)
1 colher de sopa de castanha de caju picada
1 colher de sopa de alcaparras
2 colheres de sopa de queijo ralado (usei o queijo minas padrão, é opcional)
Manjericão seco a gosto
2 colheres de sopa de aceto balsâmico
Azeite a gosto

Fatie a beringela em rodelas nem muito finas nem muito grossas. Dê-me números: rodelas com cerca de 0,5 cm de espessura (não precisa usar a régua, hein!). Se você não gosta do amarguinho da beringela, deixe as fatias de molho na água com vinagre por uns 15 minutos. Grelhe as fatias no grill elétrico ou na frigideira (se forem antiaderentes, pode dispensar o óleo pois não vai grudar). Disponha as rodelas de beringela em um prato largo e raso, para que as fatias não fiquem muito sobrepostas e recebam melhor os temperos. Coloque por cima a castanha de caju, as alcaparras, o queijo, o manjericão, o aceto balsâmico e o azeite, o quanto baste. No final das contas, as quantidades são todas a gosto, coloque o quanto gostar. Não costumo colocar sal na salada, mas, nesse caso, o sal é dispensável, pois as alcaparras já são bem salgadas. 

Os vegetarianos que não consomem laticínios e os intolerantes à lactose podem dispensar o queijo, já fiz essa salada sem esse item e fica boa do mesmo jeito.

Para os rebeldes que não gostam de seguir receita à risca (levanta a mão! \o/): no lugar das rodelas de beringela, podem ser usadas rodelas de abobrinha (também grelhadas) ou mesmo de pepino (cru), para uma salada mais refrescante. A castanha de caju pode ser trocada por qualquer castanha que se queira, como nozes, amêndoas, castanha-do-pará. Em vez do manjericão, pode-se usar a erva que se queira e se tenha, inclusive frescas. No caso de um carpaccio de pepino, hortelã fresca combina bastante. As alcaparras podem ser substituídas por azeitonas verdes ou pretas, por exemplo. O aceto balsâmico é opcional e o azeite, bem, acho que esse é indispensável.

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A beringela tem poucas calorias e é uma aliada nas dietas de emagrecimento, por também conter alto teor de fibras. Dizem também que é uma aliada no combate ao colesterol ruim, mas ainda não há estudos que batam o martelo sobre isso. Saiba mais AQUI.

O dicionário Houaiss registra berinGela como forma preferencial a berinJela, enquanto o dicionário Aurélio e o VOLP, por exemplo, só registram berinJela. Já viram que estou com o Houaiss, né?

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Hora do chá...no bolo de chocolate (Devil's Food Cake)



O chá das 17h é praticamente uma instituição inglesa. Em terras tupiniquins, um chá da tarde é uma desculpa perfeita para reunir as amigas e comer coisas doces e gostosas. Chá que se preze não pode vir sem companhia e, entre tantas opções, um pedaço de bolo é um acompanhamento tradicional e, cá para nós, perfeito. O chá com bolo aparece por aqui de uma forma inusitada: a erva foi usada para dar um toque especial à massa.

Nossa escolhida para "cobaia" de combinações foi uma das várias receitas de Devil's Food Cake, um bolo de chocolate tipicamente americano, de textura macia, porém firme, e úmida, de sabor "robusto". Não é daqueles bolos extremamente doces, mesmo utilizando o chocolate em pó no lugar do cacau em pó. Achei a textura do Devil's Food Cake boa para rechear, pois ele não solta muito farelo.

Utilizando o cacau em pó e manteiga - não margarina - (sempre confira a embalagem do produto, ok?), essa receita de Devil's Food Cake é adequada também para quem tem intolerância à lactose, pois não há leite entre os ingredientes.

Depois da massa do Devil's Food Cake batida, separei algumas porções e acrescentei as seguintes ervas em cada uma: jasmim seco (comprei em loja de produtos orientais), hortelã seca, chá verde a granel, chá preto com canela, chá branco com framboesa. Em todos os casos, foi utilizada a erva seca diretamente na massa. Confira a receita do Devil's Food Cake, as proporções das ervas e o resultado das combinações.

Devil's Food Cake
(Rendimento: 10 forminhas e uma forma de bolo mini)

1/2 xícara de chocolate em pó
1 copo de água morna
3 ovos
2 xícaras de farinha de trigo
2 xícaras de açúcar
1 colher de chá de bicarbonato
1 colher de chá de sal
200 g de manteiga

Misture o chocolate em pó com a água morna. Em seguida, junte essa mistura com os ovos e bata. Misture a farinha de trigo, o açúcar, o bicarbonato e o sal, acrescente a manteiga (em temperatura ambiente) e a mistura de chocolate e ovos. Bata bem. Bati na mão mesmo, com um fouet, mas você pode usar a batedeira.

Com a base da massa batida, enchi uma forma de bolo mini com a massa sem nenhum chá e separei cinco porções de 6 colheres de sopa de massa, acrescentando em cada uma a seguinte quantidade de ervas secas:

Jasmim: peguei 1/2 colher de café da erva seca e soquei (não tenho pilão, então improvisei com uma xícara e um cabo de madeira).
Hortelã: utilizei uma colher de sopa, soquei e peneirei porque tinha cabinhos da erva.
Chá verde: usei uma colher de chá da erva a granel, soquei para ficar mais fina.
Chá preto com canela: esse veio da caixinha, utilizei o conteúdo de um sachê.
Chá branco com framboesa: veio da caixinha também, usei o pó de um sachê.

Coloquei a massa em forminhas de pão de mel (ficaram duas forminhas de cada sabor) e levei ao forno médio baixo por cerca de 30 a 40 minutos. Após uns 30 min, espete um palito no centro do bolo e, se ele sair seco, o bolo está assado.



O que achei de cada combinação Devil's Food Cake + chá:

Chá branco com framboesa: ficou um leve toque de framboesa, a opção mais adocicada.
Hortelã: a erva deu um sabor mentolado bem perceptível, enjoa um pouco.
Chá verde: o sabor do chá ficou bem leve, não deu muita diferença.
Jasmim: o sabor marcante e "torrado" desse chá casou bem com o chocolate.
Chá preto com canela: o que mais gostei, o amargor do chá preto intensificou o sabor do chocolate e a canela deu um toque que combinou bem. (não é à toa que os ingleses tomam chá preto com doces!).

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A receita original do Devil's Food Cake é ESTA.

Recomendo fortemente utilizar o cacau em pó no lugar do chocolate em pó, como pede a receita original, pois o sabor ficará mais intenso. A quantidade recomendada na receita é 80 g de cacau em pó.

Conheça AQUI (em inglês) as origens e características do Devil's Food Cake e algumas observações sobre o Angel's Food Cake e o Red Velvet Cake, figurinhas fáceis no blogs de culinária gringos.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Pega daqui e dali...Torta de palmito!


Essa torta de palmito é um belo exemplo de que, a partir de algumas ideias, pode surgir uma nova. Tinha um vidro de palmito já mexido e, como meti a mão lá dentro (limpa, mas, segundo o marido, isso sentencia a morte em alguns dias do palmito, tipo ligação da Samara Morgan), tinha que usá-lo logo e imediatamente lembrei de um recheio de palmito que a Josy, do blog Cozinhando com a Josy, fez para uma receita. Reserve a ideia.

Pensei em uma torta, mas não estava "a fins" daquela massa tradicional amanteigada e mais quebradiça. Queria algo mais leve e fofo. Logo me lembrei da massa para salgados assados, que vi no blog Panelaterapia e que já tinha usado para fazer um joelho. Reserve também.

Sabe as ideias que estavam reservadas? Junte tudo e a combinação fica perfeita. O recheio da Josy é simples, prático e delicioso, mudei alguns ingredientes apenas para ajustar ao paladar aqui de casa. A massa já está mais que aprovada por aqui e ficou parecendo um biscoito, uma delícia. A montagem é sem mistérios e a torta de palmito pode virar uma torta de frango, de legumes, de camarão (olha que bom momento para aproveitar sobrinhas da geladeira!).

Torta de palmito
(Rende seis pedaços bem servidos)

Massa
1 receita de massa básica para salgados assados (veja AQUI)

Recheio
1/2 cebola pequena picada
1 dente de alho picado
1 colher de sopa de azeite
1 tomate picado
3/4 de vidro (grande) de palmito
1/2 xícara de leite
1 colher de sopa de maisena
2 colheres de sopa de requeijão
Sal, pimenta do reino branca e salsa desidratada a gosto

Primeiro passo, preparando o recheio: refogue o alho e cebola no azeite em fogo baixo, deixe até a cebola ficar transparente. Acrescente o tomate e deixe até ele ficar desmanchando, como um purê (o meu tomate foi com pele, preguicinha de tirar). Junte o palmito e tempere com a pimenta, a salsa e o sal. Deixe refogar um pouco. Misture a maisena no leite e jogue esse preparado na panela, mexendo até engrossar. Desligue o fogo, coloque o requeijão e misture. Reserve e aproveite que está esfriando para fazer a massa.

Segundo passo, a massa: siga a receita da massa para salgados assados tal qual na postagem indicada. Na hora de abrir a massa, leve em consideração a forma onde será feita a torta. Como fiz em uma travessa de cerâmica oval (30 X 17 cm), tentei abrir a massa aproximadamente oval, em tamanho que cobrisse o fundo com sobra para cobrir as laterais. A massa ficou com espessura de 0,5 cm, mais ou menos, a ideia era ficar fininha mesmo. Separe 1/ 4 da massa para fazer as tiras da cobertura, é só fazer uma "cobrinha" com a massa, abrir com o rolo de macarrão e cortar as tiras com faca. Uma receita de massa deu para cobrir o fundo e as laterais da travessa, e para fazer as tiras de cobertura.

Terceiro passo, montagem: pegue a massa aberta e coloque sobre a travessa que vai usar. Não é necessário untar a travessa, a massa não gruda se ficar no ponto que deve (deve soltar das mãos na hora de sovar). Ajeite a massa para que forre o fundo e as laterais da travessa, deixe eventuais sobras pendendo para fora do recipiente. Coloque o recheio sobre a massa, às colheradas e nivelando. Coloque as tiras de massa sobre o recheio (começando pelo meio), pressionando levemente nas bordas para que a massa da tira se junte com a massa da lateral da travessa. Depois de colocar todas as tiras, pegue uma faca e vá cortando as sobras de massa das laterais. Pincele as tiras com um ovo batido e leve ao forno médio-alto por cerca de 30 a 40 minutos.

Para travessas maiores ou para cobrir a torta totalmente com massa, é preciso aumentar a receita da massa.

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A receita original do recheio de palmito é ESSA.
A massa para salgados assados é ótima e foi retirada DAQUI.
Sempre meti a mão dentro dos vidros de conserva para tirar uma "provinha", agora tenho que usar uma colher, vê se pode.

Se você não sabe o que/quem é Samara Morgan, clique AQUI (ela é personagem de filme de terror, o link leva para a página do Wikipedia que fala do filme e da personagem. Cuidado com a foto que aparecerá no topo à direita. Não é nada demais, mas eu morro de medo).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Da beleza de se ter um blog ou Plágio Não

Dessa vez, não trago nenhuma receita de bolo ou de trabalhos manuais, nem dicas sobre a organização de uma casa. Não mostro nenhuma foto das minhas plantinhas. Na verdade, venho dizer que, se eu posso fazer tudo isso, é porque essa tal de internet veio para mudar radicalmente o meu e o seu modo de se comunicar e de se expressar.

De início, os blogs apareceram como "diários virtuais", nos quais cada um e qualquer um que tivesse acesso às ferramentas poderia contar seu cotidiano para interlocutores além do caderninho e do irmão bisbilhoteiro. O termo blog veio justamente de "weblog", que significa "diário da web". Mas o negócio começou a ficar bom mesmo quando as pessoas começaram a perceber a potencialidade da ideia de que, de usuárias e receptoras, elas poderiam ser produtoras e publicadoras de informação.

Custo zero (tirando o custo de ter um computador e acesso à internet), espaço ilimitado e ferramentas que tornaram a publicação de textos, fotos e vídeos na internet cada vez mais simples estimularam o "boom" dos blogs pela rede. No momento em que escrevo essa postagem, o site BlogPulse.com registra um total de mais de 169 milhões de blogs. Nas últimas 24 horas, ele registrou a criação de mais de 26 mil novos blogs. E de diários virtuais, os blogs passaram a investir em conteúdo, muitas vezes segmentado, que se tornam fonte de informação complementar e/ou alternativa aos meios "tradicionais".

Esse longo prelúdio é para levantar uma questão: diante da possibilidade que a internet proporciona de qualquer pessoa (que tenha os meios) produzir e publicar conteúdo, se expressar livremente (às vezes não impunemente) e ter um canal de comunicação com tanta gente, por todo o mundo, qual o objetivo de se ter um blog para reproduzir conteúdo alheio?

Ter um blog é acreditar que todos têm o direito de se expressar, é dar asas a sua voz e fazê-la ecoar pelo mundo, ou pelo menos entre seus parentes e amigos. "Alimentar" um blog não é trabalho. É prazer, é necessidade. Mas é claro que o blogueiro usa boas horas escrevendo um texto, tirando e produzindo suas fotos, e, no caso dos de culinária, esquentando a barriga no fogão. Geralmente, é uma tarefa extremamente pessoal e autoral, pois diz respeito às experiências de alguém.

Quem não gosta ou não tem tempo para isso pode usar o Twitter, o Facebook, o Flickr (esse é para a galera que gosta mais de imagem que de texto). Qual a graça/objetivo/razão de reproduzir experiências que não são suas? Perde-se a beleza de se ter um blog. Mais vale fazer parte de uma revolução na produção de informações ou apenas ter um blog para chamar de seu?

O Casa, Coisas e Sabores tem uma licença Creative Commons do tipo BY-NC-SA (veja no rodapé do blog). Isso significa que o conteúdo do blog pode ser compartilhado, desde que a autoria seja creditada a mim, a utilização não seja para fins comerciais (isso inclui blogs com patrocínio) e que uma eventual obra derivada seja distribuída sob a mesma licença Creative Commons ou similar. Além disso, bom senso e educação nunca são demais, e garantem a boa convivência na blogosfera :-)

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Essa postagem foi publicada dentro da blogagem coletiva Plágio Não, iniciativa de vários blogueiros do segmento de gastronomia, principalmente, que busca conscientizar sobre cópia e publicação não autorizada de conteúdo autoral em blogs e sites alheios. Mais do que "puxar orelhas", espero que o texto tenha incentivado a criar seu próprio blog e a produzir para ele. Mas você, leitor, que vir alguém usando indevidamente o conteúdo de outra pessoa ajudará a coibir a prática avisando ao blogueiro "copiado".

A imagem que ilustra essa postagem foi criada e bacanamente distribuída pelo Tulio Sousa, do blog Macho Gourmet.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lista de compras de supermercado: como fazer



Em cada casa, o ritmo de consumo das coisas é diferente. Vale sempre a máxima de ajustar a lista de compras de supermercado à demanda da família e à frequência das compras. Nessa postagem, vou contar o que está dando certo para mim e que pode servir de ponto de partida para recém-donos de casa ou como dicas para quem já tem sua listinha, mas anda às voltas com despensa vazia no meio do mês ou estoque sem fim de alguns artigos.

Para que as dicas da lista de compras façam sentido, preciso dizer uma ou duas coisas sobre a rotina desta casa. Não gosto de fazer compras de supermercado (pronto, falei!), talvez porque frequente um estabelecimento infernal em busca de bons preços. Penso minha lista para fazer uma compra grande por mês, e deixo frutas, verduras e legumes para comprar uma vez por semana em outro lugar. Nestas compras de semana, vou repondo também os itens perecíveis que vão acabando, como laticínios e pão.

Ou não. A máquina de pão e o iogurte caseiro (veja o link da receita abaixo) são tentativas desesperadas de fugir das compras da semana. As frutas, legumes e verduras às vezes somem por causa da preguiça atribulação, mas isso é feio, não recomendo. (No hortifruti, eu até gosto de ir, é mais tranquilo e divertido).

Acrescente à problemática a falta de espaço para guardar mantimentos. Não posso fazer muito estoque, as compras têm que ser muito afinadas com o consumo.

Postos minha aversão a supermercados e o espaço reduzido do meu “cafofo”, vou contar algumas estratégias para fazer a lista que podem ser úteis para reis e rainhas do lar:

  • No caso de itens indispensáveis (papel higiênico, arroz...), costumo deixar sempre uma unidade de sobra, caso por algum motivo o consumo do mês seja maior do que o habitual.
  • Funciona comigo: deixar sempre um papel preso na geladeira para anotar os produtos que acabaram ou estão acabando. Quando abro o último pacote de café, por exemplo, já anoto na lista que tenho que comprar café na próxima ida ao supermercado (sempre fico com café no pote e um saco fechado).
  • Se tiver espaço para guardar (eu não tenho), faça estoque de produtos não perecíveis, como arroz, feijão, farinha, leite condensado. Aproveite para comprar em quantidade quando o preço estiver bom.
  • Na hora de escrever a lista, os itens estão agrupados de acordo com a localização no supermercado onde sempre vou. Coloco juntos os itens próximos fisicamente. Isso economiza tempo no local. Eu e marido dividimos a lista e começamos a gincana de quem termina sua parte primeiro. Isso não é dica que se dê, já é insanidade.
  • A lista da porta da geladeira é a base para saber se preciso ou não comprar os itens “variáveis”. Alguns itens são fixos, como os laticínios, pois sei que eles serão consumidos totalmente no mês e não podem ser estocados.
  • Tenho uma lista fixa com todos os itens que já precisei comprar no supermercado ao longo dessa vida, na qual fui acrescentando itens durante as várias compras. Agora ela está bem ajustada com nosso consumo. Uso essa listagem como “check list”, verificando quais itens dessa lista geral eu preciso ou não comprar naquele mês.

Disponibilizo também minha lista de compras de supermercado. Ela foi criada no Word mesmo, sem firulas tecnológicas, e atende ao consumo de um casal sem crianças. Você pode editar a seu gosto. Para fazer o download, clique na figura abaixo:


Não é fácil manter o controle, mas vale a tentativa para faltar o mínimo possível, economizar e evitar a fadiga. Mas sem estresse, que a vida é boa: caso falte alguma coisa básica, sempre tem um mercadinho por perto para quebrar o galho.

Atualização em 16/04/2013: há algum tempo, uma leitora pediu ajuda pelo Facebook para fazer as compras de casa, já que ela era recém-casada e não fazia muito ideia das quantidades. Passei mais algumas dicas para ela que não estavam na postagem, por isso achei legal compartilhar aqui também. As dicas são gerais, mas as quantidades foram pensadas para uma família formada por um casal, ok? Tem também o link da lista aí de cima, mas com quantidades aproximadas (para um casal). Lembrando que o consumo é algo muito próprio de cada família, essas dicas são bem gerais.

  • Para alimentos perecíveis, como os laticínios e pães, não tem jeito, as compras devem ser semanais ou quinzenais.
  • Os alimentos não perecíveis (arroz, feijão, enlatados...) podem ser adquiridos nas compras mensais. Inclusive, se você tiver espaço para guardar, pode aproveitar promoções para comprar mais uma ou duas unidades desses produtos, aí já fica para o outro mês.
  • Para frutas, verduras e legumes, as compras devem ser semanais, assim você consumirá tudo bem fresco. Minha dica é aproveitar as promoções do hortifruti, assim você garante variedade na sua mesa. No geral, recomendo escolher duas ou três variedades de cada item: frutas, verduras e legumes. Exemplo: essa semana vou trazer maçã, banana e mamão (3 frutas); cenoura e chuchu (2 legumes); alface e rúcula (2 verduras). Para uma família pequena, pegue uma ou duas unidades de cada item. Acho que o segredo é trazer pouca quantidade de cada coisa, assim você tem variedade e corre menos risco de algo estragar.
  • Por fora, sempre trago do hortifruti os básicos: tomate, batata, cebola e salsinha (ou coentro). Uma unidade de cada, se você não estiver planejando fazer algo específico (uma salada que vá levar mais tomates, um purê de batata...).
  • No caso de folhas e ervas tipo salsinha, tem dica no blog de como fazer durar mais, porque às vezes um casal não consegue dar conta de um pé de alface tão rápido, por exemplo.

  • Os produtos de limpeza demoram mais para acabar, mas a validade também é muito grande. Então, a cada compra do mês, avalie quais estão acabando ou vão acabar ao longo daquele mês, para repor na despensa.


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Crédito da imagem: www.sxc.hu
Veja AQUI a receita do iogurte caseiro.
No começo, usei ESSA lista on-line como colinha, ela é muito boa e dá para acrescentar e retirar itens.
O congelamento de alimentos é parte importante da gestão da cozinha de uma família. O blog Pitéu, da Katita (ex-Rainhas do Lar), colocou dicas preciosas sobre o assunto AQUI.

Gerar PDF da postagem

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