verificador pinterest Casa, Coisas e Sabores: abril 2011

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Peixe no papilotte

Todos sabemos que o peixe é uma opção saudável para incluir proteína na alimentação e, apesar de nosso país ser bem servido de opções de peixe, os brasileiros no geral não consomem muito dessa carne.

Porém, não adianta comprar o peixe como opção mais saudável, menos calórica, para prepará-lo frito. O óleo da fritura acrescenta tudo o que seu peixe não tem: gordura saturada e muitas calorias. Sim, um peixinho - principalmente sardinha ou pescadinha - frito é uma delícia, mas melhor deixá-lo para ocasiões especiais, naqueles dias em que se resolve "enfiar o pé na jaca".

Não custa lembrar: "enfiar o pé na jaca" todo dia não vale!

Se você está com belas postas na geladeira, um grelhado no grill ou na frigideira antiaderente é uma boa opção. Um peixe inteiro assado no forno, com recheio ou não, é coisa linda. E quando você só tem filés de peixe congelados safados, #comofaz?

Vai de papilotte! Peguei retângulos de papel alumínio (pode ser papel manteiga também) e dispus um pedaço de filé de peixe em cada um, salpiquei sal e pimenta do reino. Por cima, foram pedaços de tomate e cebola, mais um raminho de alecrim fresco, regado com um fio de azeite. Depois é só fechar bem cada papilotte e levar ao forno, coisa de 20 min, pois peixe cozinha rápido.

Os meus filés soltaram muita água, por serem de peixe congelado, mas filés frescos ou mesmo postas ficam deliciosos se preparados assim. Dá para acrescentar cenoura, batata, pimentão, brócolis...o que tiver na geladeira. Dá para fazer papilottes só de legumes também, temperados com ervas e azeite. Dá para usar filé de frango com essa mesma técnica. Papilottes com cogumelos como shitake, shimeji ou paris ficam uma coisa. Só não dá para fazer arroz e feijão assim. Ou será que dá?

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É preciso cuidado na hora de comprar e estocar o peixe em casa. Você sabia que aquele peixe fresco que você colocou na geladeira deve ser consumido em até 24h? Essas dicas e outras estão AQUI.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Utensílios que amamos: infusor

O "utensílio que amamos" de hoje é dos mais supérfluos. Garanto que qualquer um, mesmo que goste de chá, vive relativamente bem sem ele. Mas ter um infusor, para quem gosta de chá, abre um mundo de possibilidades de ervas a granel, liberando a peneirinha para outros serviços e acrescentando praticidade - e, por que não?, glamour - ao chá das cinco (que por aqui chega as 10 da manhã, às 9 da noite, basicamente quando dá na telha).

Já vi infusores bem estilosos, com minixícara e outras fofurices penduradas na ponta. O meu é dos mais simples e comprei depois de muito bater perna em lojas de departamentos e de artigos para casa, e de produtos orientais. A partir do momento em que quis comprar um infusor, eles sumiram da face da Terra, e acabei encontrando esse modelo básico em uma das idas à Tok & Stok.

Hoje, vejo infusores em todos os lugares, mais bonitos que o meu, que pelo menos é de aço inox e de boa qualidade.

Funciona assim: são duas peneirinhas unidas por um fecho que se abrem para receber a erva a granel (mate e chá verde são as do momento por aqui) e travam, indo direto para a xícara de água quente, com a correntinha pendendo para fora, sem deixar a erva se espalhar pela bebida, liberando apenas o sabor, com a mesma praticidade do saquinho de chá industrializado.

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Depois do infusor, meu próximo item de desejo no quesito chás é ESSE.

Quem ficou a fim de comprar um infusor depois de ler a postagem, por favor, compre um mais ou menos ASSIM.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Prazer, pé de gengibre


Em mais um episódio da série "Adri, lhe apresento a natureza", fiquei encantada com um gengibre plantado que minha mãe ganhou. Nunca tinha parado para pensar em como era a planta do gengibre e de repente ela estava ali, na minha frente. A "batata" brotou e a plantinha já está enorme, com uma haste muito fina e folhas longilíneas e simétricas, um pouco queimadas de sol, que não perdoa os esquecimentos da minha mãe quando ela deixa as plantas tomarem além do solzinho da manhã.


Fico ansiosa aguardando uma possível flor, que, pelo que vi na internet, é bem curiosa.

Minha mãe é como eu, depois que colocou no vaso, deu terra, água e substrato, não é de comer, é quase gente. É alma de jardineiro, não de agricultor. Duvido que esse ou outros gengibres vizinhos acabem na panela.



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Desisti de ter plantas em casa, o sol é demais ou de menos, falta ar fresco, falta terra, falta banho de chuva, quando chove, sobrou pragas. Fiquei só com o alecrim sobrevivente, que passa por todas as intempéries como se nem fossem com ele, preocupado apenas em crescer para onde der, para onde deixarem. Plantinha porreta.


domingo, 24 de abril de 2011

Abacaxi na calda de limão siciliano


Apesar do comedimento, na tentativa de não abusar dos chocolates de Páscoa, terminei o dia na sopa (caseira, de frango com legumes) e deixei um abacaxi com calda de limão siciliano na geladeira, fruta boa para a digestão e para deixar a consciência menos intranquila.

Cortei em cubos mais ou menos um quarto de abacaxi bem maduro e doce. Para o fogão, foi o suco de 1 limão siciliano, meia xícara de água e 1 colher de sopa de açúcar. Quando começou quase a ferver, juntei o abacaxi e dei uma fervura rápida. Salpiquei raspas do limão do qual tirei o suco, levei à geladeira em recipiente fechado para comê-lo bem gelado.

Em épocas menos light, pensaria seriamente em uma bola de sorvete de creme para acompanhar.

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Feliz Páscoa, antes que ela acabe :-)


sexta-feira, 22 de abril de 2011

Utensílios que amamos: fouet

Este é o primeiro post da série "utensílios que amamos", na qual vou apresentar alguns apetrechos de cozinha que facilitam minha vida, apesar de não necessariamente serem essenciais. Pela própria etmologia da palavra, um utensílio é algo que é útil, e isso é coisa que se descobre depois que se tem.

Fato, os utensílios causam dependência, pois você pode ter passado boa parte da vida fazendo algo de outro jeito, mas uma vez tendo o utensílio, só serve se for com ele, ou pelo menos seria mais fácil com ele.

O primeiro utensílio que apresento é o fouet, o famoso batedor de arame. Com ele na minha cozinha, nunca mais empelotei cremes ou molhos cremosos, e até já reverti alguns grumos, batendo a receita vigorosamente com o fouet ainda no fogo. Esqueça o liquidificador, batedeira ou mixer para bater massas leves, como a de panquecas ou até de bolo, com o fouet e braço firme, dá para fazer na mão.

As versões siliconadas, na qual o arame é revestido de silicone, evitar riscar bowls de inox e panelas.

É por isso que o fouet é um utensílio que amamos.



quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mistura para cappuccino

Agora que já sabem decorar uma caneca em casa, do mesmo jeito que fiz para o kit do sorteio do blog, falta saber como fazer uma deliciosa mistura para mocha cappuccino em casa e apresentá-la em um potinho mimoso.

O pote usado era de mel. Acabou, guardou o pote. Isso é lei, é mantra. Lavei bem e deixei secar. Para forrar a tampa, usei um pedaço de tecido que tenho em casa, que comprei um pedação porque achei lindo. Cortei um círculo de tecido com sobra de 1,5 cm em relação ao diâmetro da tampa, e colei por dentro com cola quente. Para dar acabamento e evitar o contato do pó com a cola quente, forrei a parte de dentro da tampa com um círculo de papel alumínio, fixando com um gota de cola quente no centro e com sobra para forrar as paredes internas da tampa. O rótulo e a tag da tampa foram feitos em casa no Photoshop, impressos em folha adesiva. O pote é decorativo, não pode molhar!

A receita do mocha cappuccino foi adaptada de duas receitas encontradas na internet. A mistura foi testada e aprovada antes do envio à fofa Dayane, ganhadora do sorteio, que também tomou e aprovou o cappuccino, segundo o retorno que me deu por e-mail.

Ingredientes:

200 g de leite em pó
5 colheres de sopa de chocolate em pó
50 g de café solúvel
1/2 colher de chá de bicarbonato de sódio
2 colheres de sopa de chocolate meio amargo em barra ralado

É só misturar tudo muito bem e guardar em pote fechado. Deixei sem açúcar porque o chocolate em barra adoçou bem, mas vai do gosto de cada um e pode-se adoçar na xícara, quando for beber. A medida é mais ou menos uma colher de sopa para cada xícara, é melhor colocar essa medida, experimentar e ver se precisa de mais. A mistura pode ser usada na água ou no leite quentes.

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Ainda fico devendo a confecção do sachê. Aguarde e confie.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ideias para a Páscoa

Falta menos de uma semana para o domingo de Páscoa. Acho que, depois do Natal, é minha data comemorativa preferida, pelo simbolismo do recomeço, de uma vitória da vida. Também por ser uma festa de família e, principalmente, das crianças, que esperam ansiosas pelo presente do coelhinho.

Já fiz ovos de chocolate e bombons em casa algumas vezes. Não é nada muito complicado e é uma delícia de fazer - o aroma do chocolate, a versatilidade de criar formatos e apresentações, adoro! -, mas fazer seu chocolate é uma empreitada que requer planejamento, organização e tempo para tudo isso e mais a confecção. É uma delícia trabalhosa, rs.

Não precisa virar o chef chocolatier, mas se você é um coelhinho que esse ano resolveu ir além de comprar na loja (e se assustou com os preços, todo ano eu me assusto!) e quer incrementar um pouco seus presentes de Páscoa, deixo algumas ideias simples para tornar o de sempre em algo especial.

Cenoura surpresa

Nenhuma criança vai fazer cara feia para essa cenoura. Corte um quadrado de feltro, TNT, papel crepom, celofane...algum material minimamente resistente, contanto que na cor laranja, e enrole no formato de um cone. Prenda com fita adesiva (as dupla face dão melhor acabamento), cola comum ou quente, encha com miniovos de chocolate, bombons, confeitos. Sabe aquele papel para bala de coco, que usamos em festa de criança? Coloque dentro da abertura da cenoura e amarre com fita, deixando os fru-frus do papel de bala para fora. Essa ideia permite muitas variações e pode ser feita com diversos materiais, invente sua cenoura!

Caneca recheada

Compre uma caneca de cerâmica, com motivos de Páscoa ou não (você pode também comprar uma caneca lisa e decorá-la como ensinei AQUI), e encha com bombons a sua escolha. Finalize embrulhando com celofane e arrematando com fita. A decoração pode levar tags, adesivos de Feliz Páscoa, um minicoelho de pelúcia. O presenteado não vai achar ruim se você usar uma caneca jumbo, daquelas para sopa, e enchê-la de chocolates.

Essa marmita não é de pedreiro

Aquelas marmitinhas descartáveis podem receber bombons, barrinhas de chocolate e outros. Na hora de fechar, forre a tampa com papel temático de Páscoa, decore com etiquetas, botões (pregados com cola quente) e o que mais tiver à mão. Envolva a marmitinha com fita e arremate com um belo laço. Quer ousadia? Que tal se a marmita levar uma lasanha doce dentro?

Os maravilhosos potes de vidro

Sabe aquele pote de vidro que sobrou da geleia? Ou aquele maior do palmito? Tire o rótulo, lave bem (o vinagre ajuda a eliminar odores), deixe secar e decore o pote para receber bombons. Forrar a tampa com tecido (use cola quente) valoriza. Use fitas, tags, adesivos feitos no computador ou comprados para enfeitar o pote. O pote pode ser pintado, com tintas especiais para vidro.

Uma dúzia de gostosuras

Uma caixa de ovos vazia pode ser uma embalagem diferente e charmosa. Muita gente enche cascas de ovos vazias, bem limpas e secas com chocolate derretido (ou confeitos) e as coloca nas caixas de ovos, mas nada impede de usar bombons nos espaços dos ovos. Além das caixas de uma dúzia, tem também as menores, para seis ovos. A decoração é sempre a gosto, mas amarrando apenas com fita e arrematando com um trigo seco, fica uma embalagem bem masculina.

Cesta ataque do coração

Se a intenção é abalar, nada melhor que uma cesta de chocolates. Em uma cesta de palha, caixinha de madeira ou cachepô de madeira/papel, coloque um ovo de chocolate, bombons variados, pote de mistura para chocolate quente (ou compre chocolate em pó e coloque em um pote), confeitos de chocolate tipo balls, cookies de chocolate, pote de brigadeiro mole ou caixa com brigadeiros enrolados...é overdose de chocolate. A variedade vai do gosto e do bolso, o segredo é evitar colocar os produtos em sua embalagem original, substituindo por potes ou saquinhos. Embrulhe tudo em celofane e arremate com fita. Pode decorar com o que quiser, tags, flores artificiais, coelhinho de pelúcia, mas nem precisa.

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Imagem: PhotoRack.net

O chef chocolatier é como um mestre chocolateiro, um chef especializado em técnicas e receitas com chocolate.

Feliz Páscoa!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Blogagem coletiva: infância

Nesta segunda etapa da Blogagem Coletiva Fases da Vida, na qual a fase escolhida foi a infância, não me veio outra ideia na cabeça sobre como participaria do que falar sobre a alimentação das crianças.

Andava pensando muito nisso nos últimos tempos, observando as notícias dos dados cada vez mais alarmantes da obesidade infantil e vendo os hábitos das crianças próximas a mim, filhos de parentes, vizinhos, conhecidos...

Outro dia conversava com meu marido que, na nossa época (papo de velho mode on), criança que se prezasse sempre tomava algo para abrir o apetite: Biotônico Fontoura, emulsão de Scotch, óleo de fígado de peixe e outras alquimias delicinhas. Era assunto de criança: "eu tomo Biotônico Fontoura", "que sorte! minha mãe me dá óleo de fígado, argh!". Eu tomava Biotônico Fontoura com sementes de sucupira dentro (???). Não bastava comprar o tônico na farmácia, tinha a pajelança.

Biotônicos à parte, o fato era que a grande preocupação das mães era que suas crianças não queriam comer, quase sempre porque a brincadeira na rua com os amigos não podia esperar o fim do prato.

Hoje, as mães levam suas crianças acima do peso aos nutricionistas, que receitam dietas àquele organismo em formação já acometido pelos altos índices de colesterol, glicose, triglicérides...males de adultos. E recomendam exercícios às crianças. Oi? Agora precisa de receita médica para que a criança corra, pule, brinque?

É o famoso estilo de vida urbano. A gente sempre correndo, atrás de ganhar a vida, e nossas crianças cada vez mais sozinhas nos seus apartamentos, longe dos perigos das ruas e companheiras do computador, do vídeogame.

Não é fácil, os tempos são difíceis para ser criança, em vários sentidos. Mas, pais, protejam a infância dos seus filhos! A criança, principalmente as pequenas, só come o que damos, o que compramos. De quem é a culpa? Fico doente ao ver crianças se alimentando mal porque mães e pais preferem lançar mão de produtos industrializados em vez de cozinhar alimentos frescos e, assim, oferecer uma alimentação mais variada e nutritiva aos pequenos.

É a "síndrome do macarrão instantâneo". O equilíbrio é a chave de tudo, doces e hambúrgueres são gostosos, mas comer só isso não dá. Alimentar bem sua criança é questão de educação, ela deve ser acostumada a comer bem e os pais devem dar exemplo. Alimentar bem sua criança é um ato de amor.

Convide os pequenos para ir à cozinha, ver como os alimentos são preparados (claro, certifique-se que não há perigo de panelas quentes, facas à mão, etc.), faça com eles receitas simples, sanduíches de pasta e vegetais, sucos coloridos, muffins. Deixe que batam a massa do bolo, coloquem as mãozinhas na massa do pão, montem sanduíches.

Para animar as crianças, deixo uma receita de preparo simples e supercriativo de iogurte caseiro, que pode e deve ser usado como iogurte de beber (pois fica bem líquido) e para bater vitaminas. A ideia veio do blog Prato Fundo, e dei meu toque para um sabor morango.

Você vai precisar de 500 ml de leite integral, 1 colher de sopa de iogurte natural, leite em pó e Nesquik (ou outro do tipo). Esquente metade do leite, sem deixar ferver, acrescente 2 colheres de sopa de Nesquik e 2 colheres de sopa de leite em pó. Junte o restante do leite (que estava em temperatura ambiente) e acrescente o iogurte natural. Coloque esse preparado em uma garrafa térmica, separada só para esse uso, não pode usar a do café! No meu, deixei 3 horas na garrafa térmica bem vedada, depois transferi para uma garrafa de iogurte limpa, que guardei do industrializado que acabou, e levei à geladeira.

Ficou bem líquido, com sabor suave de morango e nada doce. Trocando o Nesquik por produtos de outros sabores, dá para ter iogurte sabor vitamina, banana, baunilha...

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Crédito da primeira foto: Leandro Monteiro.

Para conferir as outras postagens da blogagem coletiva, veja o blog Publicar para Partilhar.



sábado, 2 de abril de 2011

Frango oriental

Mesmo sendo pequeno, ainda havia sobrado um bom pedaço de repolho roxo depois de fazer uma salada de repolho com maçã para um. A parte restante teria que entrar de algum jeito no jantar, camuflado, claro, para o marido comer.

O frango oriental saiu de uma grande descoberta: eu tinha molho shoyo em casa! Não lembro de ter comprado, não lembro de ter aberto, mas ele estava lá na geladeira. Data de validade checada e OK, mãos à obra!

Cortei uns seis filés de peito de frango pequenos em tiras e levei ao fogo com manteiga para cozinhar e dourar, depois acrescentei pedaços de cebola grandes e champignon fatiado, para dourar um pouco também. Coloquei cerca de 1 xícara de repolho cortado em tiras finas. Juntei umas 3 colheres de sopa de molho shoyu com uma colher de café de açúcar, e joguei essa mistura na panela. Depois é só dar uma mexidinha e procurar seus hashis.


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Da próxima vez que fizer, vou colocar o repolho depois do shoyo, para ele não cozinhar e ficar mais crocante. Essa receita também pode levar cenoura em lascas e brócolis, e isso tudo pode ser a base de um yakisoba.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Pão de panela, o pão alemão


Sempre encarei a massa de pão caseiro com um misto de medo e respeito. Receita que depende mais da vibe dos ingredientes e do feeling do cozinheiro que das medidas e procedimentos corretos é quase esoterismo. Se os ovos forem grandes, mais farinha; se o clima estiver frio, o descanso tem que ser maior; se a farinha de trigo for das mais secas, mais água ou leite.

Tem como deixar isso mais prático? Tem. Para isso tenho a máquina panificadora. Mas sabe aquele pão sempre igual, que sempre dá certo? Precisava de um desafio.

Fiquei desconfiada sobre se uma receita de pão preparado em cima do fogão, e não dentro, poderia dar certo, mas o espírito aventureiro falou mais alto e a curiosidade foi maior do que o medo de estragar ingredientes em uma receita mal sucedida.

Ainda bem.

O pão alemão é mesmo surpreendente, sem mistérios para preparar e à prova de destruidores de massa, como eu. Não sei se sovei de mais, ou de menos, sei que deu certo e ficou bom.

Em um bowl, misture 15g de fermento biológico fresco (1 tablete) com 1 colher de sopa de açúcar, até formar uma mistura líquida e homogênea. Sim, fica líquido. Acrescente 2 colheres de sopa de margarina, 1 xícara de leite, 1 ovo e 1/2 colher de sopa de sal (achei muito, da próxima vez vou colocar menos), misturando tudo muito bem com a ajuda de um batedor (fouet).

Vá colocando a farinha de trigo aos poucos, misturando. Coloquei 3 e 1/2 xícaras de farinha de trigo, no total.

Coloque a massa em uma superfície polvilhada com farinha de trigo e sove, acrescentando farinha até perceber que a massa não está mais grudando nas mãos. Para sovar, agarre o topo da massa, puxe em sua direção, e em seguida empurre esse punhado fazendo força com o punho para frente e para baixo, repetindo esse movimento seguidas vezes. Valem também uns soquinhos e outros tipos de agressão, divirta-se. Feito isso, retorne com a massa para o bowl e deixe descansar por 30 min coberta com um pano.

A receita original pedia uma panela de 24 cm de diâmetro, fiz em duas panelas: uma de 20 cm e outra de 14 cm.

Passado os 30 min, unte as panelas com manteiga, forre o fundo com papel alumínio e unte esse alumínio também com manteiga. Faça bolinhas com a massa e arrume nas panelas em forma de flor, tendo o cuidado de deixar uns 2 cm de espaço entre a flor de massa e as paredes da panela. Deixe a massa descansar por mais 30 min.

Passado esse tempo, derrame leite dentro da panela (peguei os 500 ml da receita original e dividi entre as duas panelas). Tampe bem a panela e leve ao fogo baixo por cerca de 25 min. Quando o leite secar, está pronto!

Dicas:

- A tampa da panela tem que vedar bem. Se a sua está meia boca, faça uma cobertura de papel alumínio, deixando meio côncavo.

- A altura da chama do fogão é no mais baixo, escolha o queimador mais fraco. Fique de olho no tempo se for fzer em panela menor. No meu caso, o pão pequeno ficou meio queimado no fundo em 20 min, 15 min seriam de bom tamanho.

- A receita original diz que pode sobrar um pouco de leite no fundo da panela, não faz mal. No meu não sobrou, o fundo ficou só um pouco úmido.

- Ele fica um pão com gosto de pão, meio neutro, o sabor que predomina é o do fermento biológico. Por isso, é fundamental acompanhá-lo de algo que dê sabor, como manteiga, geleia, requeijão temperado, molhinhos, antepastos...

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A receita original está AQUI. Tem vídeo e tudo. Até agora fico impressionada em como aquela massa com leite no fogão virou pão mesmo.

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