segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Biblioteca na cozinha: livros recomendados de culinária e gastronomia
Minha biblioteca de livros de culinária e gastronomia ainda é bem modesta em relação aos livros de outros assuntos (essa foto mostra uma parte). Mas estamos trabalhando nisso! Com a internet oferecendo um sem número de receitas em blogs, sites especializados e grandes portais, minha preferência é por adquirir livros que tragam informações sobre técnicas, dicas ou que tenham um algo mais que não apenas uma coleção de receitas. Afinal, livros de culinária e gastronomia não costumam ser baratos, mas considero que alguns livros são um investimento e tanto. São esses que indico a você, livros que vão fazer a diferença na sua cozinha e que valem cada centavo.
Técnicas de Cozinha Profissional (Mariana Sebess - editora Senac)
Essa obra - que faz parte de uma coleção igualmente recomendada - é indicada a quem estuda gastronomia e atua profissionalmente na área. Mas nem por isso é um livro complicado ou proibido para gente como a gente, muito pelo contrário. Com muitas fotos e passo a passo, Técnicas de Cozinha Profissional mostra técnicas de corte, de cozimento, utilização de facas, como lidar com diversas carnes, obtenção de molhos, técnicas de conserva. É uma obra de base de cozinha, ótima para consulta e muito acessível a quem quiser cozinhar com muito mais propriedade. Livro para ter e guardar pelo resto da vida na cozinha, considero o melhor investimento dessa lista.
Larousse da Cozinha Prática (Luiz Cintra - editora Larousse)
A Larousse tem um sem fim de títulos de gastronomia e culinária. Se tiver que escolher entre as trocentas obras (escolha cruel!), fique com essa. Na seção Cozinha Prática, a obra traz informações sobre utensílios de cozinha, formas de cozimento, ervas, glossário, tabela de medidas etc. Em seguida, o Cozinha de A a Z mostra vários ingredientes (em ordem alfabética), assim como uma breve orientação sobre o produto e receitas que o utilizam. É bem útil para quando você tem um ingrediente específico e quer uma ideia de o que fazer com ele. Como diz o nome da obra, as receitas são muito práticas, mas com um toque especial.
Panelinha - Receitas que funcionam (Rita Lobo - editora Senac)
Esse é o livro do famoso (salve, salve) site Panelinha, criado pela Rita Lobo e que é um dos mais antigos e respeitados sites da área. Conhecido pelas receitas infalíveis, o Panelinha transpôs para sua versão impressa não só algumas receitas selecionadíssimas, mas dicas úteis na cozinha sobre listas de compras, itens indispensáveis etc. Tudo temperado pelos textos deliciosos da Rita Lobo e pelos "causos" (e receitas) que ela colecionou ao longo de anos de relacionamento com seus leitores. Para mim, tem valor duplamente afetivo: ganhei o meu livro em um concurso do site, autografado pela Rita, e acompanho o Panelinha desde o comecinho, sou leitora antiga :-)
Chocolate (editora Parragons)
Confesso que fui seduzida pela encadernação fofinha, com fitilho fechando a obra na lateral e tudo. Além de ser um livro só com receitas de chocolate - o que já é um motivo e tanto -, a obra editada em Portugal está muito bem dividida em seções de receitas básicas, quentes, frias...o que coloca ordem na bagunça chocolátrica e ajuda muito na hora de buscar algo específico. Além das receitas ótimas para todos os gostos - tem receitas simples, elaboradas, diferentes -, todas elas têm passo a passo com fotos, recurso que deixa o livro atraente e fácil de usar. A abundância de fotos também permite o que considero o destaque desse livro: cada receita é lindamente decorada, o que dá mil ideias para a decoração de suas sobremesas.
Ambiências - Histórias e receitas do Brasil (Mara Salles - editora DBA)
Já fiz uma receita desse livro (AQUI) e dei pistas sobre ele. A obra é simplesmente encantadora, pois Mara Salles, chef do restaurante Tordesilhas, rodou o país e colocou no Ambiências o que de melhor encontrou na Amazônia, no Cerrado, no Agreste...só fazem falta receitas do sul do país, talvez um projeto ainda a ser realizado. Em meio a fotos belíssimas e histórias - uma viagem pelas palavras -, receitas caseiras como feijão, bife, sopa de feijão com macarrão. Comida que a gente reconhece e nas quais se reconhece, é coisa nossa. Pratos regionais são as estrelas, do pato ao tucupi até o bolo souza leão, passando pelas especialidades do restaurante. Mais que um livro de receitas, é um livro de cultura brasileira, mas se tivesse esse nome a gente acharia chato, coisa que - definitivamente - não é.
E você, o que tem de melhor na sua biblioteca de cozinha? Conhece algum livro na área que seja precioso? Tem um livro de culinária que ama e não consegue viver sem ele? Conta pra gente!
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Achei AQUI uma explicação simples, bem aceitável e nada pedante para a diferença entre culinária e gastronomia.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Escondidinho de beringela
Esse é um escondidinho vegetariano, mas com tudo que tem direito: purê leve e cremoso, com aquela casquinha que forma quando batata vai ao forno, escondendo um "recheio" úmido e saboroso. A beringela bem temperada ganhou um toque picante. A pimenta é opcional, mas, se você gosta, vai fundo pois combina uma maravilha. O escondidinho de beringela leva ingredientes que você tem em casa, fica pronto em um instante e ainda serve de prato único. Prático, fácil, diferente e reconfortante: se joga na beringela que o sucesso é garantido.
Para retirar o amargor da beringela, uma das dicas é espalhar uma camada de sal nos pedaços e deixar por um tempo. Isso mantém a beringela sequinha, mas acho que fica muito salgada depois, não gosto. A dica que eu uso é de, enquanto vou cortando, deixar os pedaços de molho na água com vinagre (veja AQUI mais dicas com vinagre) por alguns minutos. Na hora de usar, espremo os pedaços com as mãos, pois a beringela acaba mesmo "chupando" um pouco da água.
Escondidinho de beringela
(Rende duas porções bem servidas)
2 batatas médias
Manteiga, leite e sal (para o purê)
1 beringela média em cubos
2 dentes de alho picados
1 tomate picado
3/4 de xícara de polpa de tomate pronta (ou molho de tomate)
Manjericão seco
Pimenta calabresa (opcional)
Azeite
Cozinhe as batatas até ficarem bem macias, amasse-as e misture com manteiga, leite e sal, a fim de formar um purê bem cremoso, porém firme. Reserve. Em uma travessa, misture a beringela (crua mesmo) com o alho, o tomate, a polpa de tomate e o manjericão. Regue com azeite. Se quiser, coloque sal, para meu gosto, não precisei usar. Nivele o recheio de beringela na travessa com a ajuda de uma colher. Coloque o purê por cima, cobrindo a beringela e nivelando também. Leve ao forno médio-alto por cerca de 30 min.
Usei apenas um garfo para fazer uma decoração de leve no purê: fui fazendo movimentos de "levantar" com o garfo, primeiro de cima para baixo, depois no sentido da esquerda para a direita, até formar picos. Aprendi essa de decorar com garfo com a querida Josy, do Cozinhando com a Josy, que deixa tudo mais lindo apenas usando esse utensílio tão comum.
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Confira o que mais foi escondido: Escondidinho de abóbora com carne (AQUI) e Peixe escondidinho (AQUI)
Recomendo um passeio pelo Cozinhando com a Josy, conheça AQUI.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Pão Petrópolis (e as famosas torradas)
Se você é do Rio de Janeiro e nunca foi à Confeitaria Colombo, resolva esse problema o mais rápido que puder. Uma das (trocentas) atrações da centenária casa é a torrada Petrópolis, que, segundo o site do estabelecimento, é "famosa desde o início do século passado". Fiquei louca quando consegui a receita do pão Petrópolis, que por si só é um dos pães mais saborosos que já fiz. Massa fofíssima e de sabor delicado, casca fina impecável. Transformado nas famosas torradas Petrópolis, é seguir direto para o Rio Antigo e observar os bondes passando pela Rua Gonçalves Dias.
Não sei se a receita desse pão realmente veio de Petrópolis (RJ). A massa leva bastante fermento e não demora nada para crescer - ainda mais com a ajuda do calor que estava fazendo no dia em que preparei o pão. No mais, é um pão que leva ovos (apenas um) e leite, de sabor levemente adocicado e muito suave. Recomendo fortemente que, depois de assado, você corte fatias generosas do pão e faça as famosas torradas Petrópolis (vou dizer como após passar a receita - coisa simples).
Observação: a receita do pão Petrópolis é do programa Mais Você, e a indicação por escrito do preparo quase me deu uma rasteira: indica-se que os 400 g de farinha de trigo são equivalentes a 2 e 1/2 xícaras de chá, e lá fui eu toda pimpona, pois não tenho balança. Pois bem, a massa ficou uma geleca, joguei mais um pouco de farinha e fui para a bancada. Geleca generalizada, só controlada depois de muito mais farinha de trigo. Depois fui procurar saber e descobri que 400 g de farinha são aproximadamente 3 e 1/3 de xícara, mas eu devo ter usado uns 500 g (meio pacote). Fica a dica: 1 xícara contém cerca de 120 g de farinha de trigo.
Pão Petrópolis
(Rende um pão grande, em forma de bolo inglês)
1/4 de xícara de açúcar
3 e 1/3 de xícara de farinha de trigo (aproximadamente)
1 pitada de sal
2 tabletes de fermento biológico fresco (30 g)
1 colher de sopa de manteiga
180 ml de leite
1 ovo
Café pronto e gema, para pincelar
Em um recipiente, misture o açúcar, a farinha de trigo e o sal. Reserve. Em outro recipiente, coloque o fermento esfarelado, a manteiga, o leite e o ovo, misture bem com um fouet. O vídeo da receita mostra colocando a mistura líquida nos secos, mas a receita escrita diz o contrário, foi o que fiz. Enfim, misture os secos com os líquidos e leve a uma superfície. Sove a massa em superfície enfarinhada, até ficar homogênea. Vá salpicando mais farinha de trigo, se necessário. Sove, sove e sove. Aqui, a massa ainda ficou grudando levemente, pois já tinha colocado um monte de farinha. Faça uma bola e deixe descansar (coloquei dentro do forno do fogão, desligado) por 20 min. Modele a massa em forma de rolo, do tamanho da forma de bolo inglês, e passe na farinha.
Preparando a forma: o pão Petrópolis é bem alto. Para conseguir o formato, unte a forma de bolo inglês com manteiga e grude uma tira de papel manteiga somente nas laterais internas. Deixe uma sobra para cima de 10 a 15 cm. Veja a foto (deixei mais sobra, tive de aparar depois):
Acomode o rolo de massa dentro da forma, pincele com a mistura de café pronto (misturei café solúvel com água) e gema, e deixe descansar novamente, até dobrar de tamanho. Nessa, etapa, deixei dentro do forno, por uns 30 min. Leve para assar em forno pré-aquecido, na temperatura de 180º C, por cerca de 30 min. Para não queimar o fundo, coloquei uma assadeira retangular logo abaixo da grade do forno. Após assado, desenforme o pão (sai fácil), retire o papel manteiga da lateral, deixe esfriar um pouco e vamos às torradas.
Preparando as torradas Petrópolis: corte fatias grossas do pão, besunte os dois lados com bastante manteiga e leve à frigideira ou chapa quentes, tostando as fatias dos dois lados. Simples, né? E danado de bom.
Sou completamente apaixonada pela Confeitaria Colombo. Boa comida, itens de cafeteria em um local que exala história por todos os lados. Quer chegar, chegando? Peça o café da manhã ou da tarde completo. Provavelmente você não aguentará comer tudo, mas provará todos os clássicos da confeitaria.
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A receita original do Mais Você (AQUI) - atente para a observação sobre a farinha de trigo.
Site da Confeitaria Colombo (AQUI).
Os bondes no Rio de Janeiro antigo (AQUI)
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Utensílios que amamos: papa-migalhas (feiticeira)
O "papa-migalhas" é um daqueles supérfluos indispensáveis. É ótimo para limpar migalhas de pão e outros da mesa de refeições, e ainda serve para remover pelinhos de estofados, por exemplo. Ele é pequeno, fácil de usar - esqueça pilhas e fios, ele é totalmente manual - e cabe em qualquer cantinho.
Conhecia esse utensílio como "feiticeira". Lembro que vendia em catálogos de venda direta (acho que era na Hermes) uma vassoura chamada "feiticeira" -
É conhecido e notório que sou chegada a uma utilidade "Polishop". Baratinha, então, não resisto. Para limpar o papa-migalhas depois de usá-lo, é só abrir o coletor, descartar os resíduos e lavar em água corrente. Útil e simples, por isso amamos :-)
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Para ver os outros utensílios que amamos, clique AQUI.
sábado, 21 de janeiro de 2012
Pintura em vidro (reciclagem)
Depois de ficar algum tempo "secando" - com os olhos e literalmente - garrafas de azeite para que o conteúdo acabasse logo, consegui a matéria-prima para testar a pintura em vidro com tinta translúcida. Você pode aproveitar essa dica para sair pintando todos os vidros que sobrarem na sua cozinha: de azeitona, de geleia etc. Só não vale voltar com o vidrinho pintado para a cozinha, o resultado é decorativo. A seguir, mostro os produtos que usei, as dicas de como preparar e pintar os vidros, e como evitar as lambanças que, obviamente, eu fiz. Só para evitar que você fizesse (not!).
Antes da pintura: preparando os vidros
Preparar o vidro significa, além de lavá-lo bem com água e detergente, retirar o maldito rótulo. Para ajudar no processo, deixe o vidro de molho na água com sabão por algum tempo. A tática que venho usando é retirar manualmente a camada de cima do rótulo (o papel brilhoso) e eliminar o que ficou colado esfregando uma escovinha com sabão. Quando a cola está fraquinha, vou direto para a escova, nem deixo de molho. Tenho um removedor de cola, mas o bicho é tão forte que evito usá-lo. Rótulo retirado, vidro bem lavado para eliminar sujeira/gordura, deixe o vidro secar bem ao ar livre.
Materiais para a pintura
Usei a tinta verniz vitral, da Acrilex, que vem em um potinho de 37 ml. As cores que escolhi foram turquesa (lindo) e púrpura. A tinta é translúcida, pode ser usada em vidro, espelho, cerâmica, entre outros, e não é solúvel em água. Ou seja, você precisará de um solvente para limpar depois os pincéis e eventuais sujeiras. Utilizei como solvente o aguarrás mineral, embora a marca recomende o uso do solvente Acrilex - que não achei na loja. O frasco de aguarrás de 100 ml foi praticamente todo, isso porque só usei um pincel. Sobre isso, usei um pincel chato médio que já tinha em casa, embora a recomendação que encontrei seja de utilizar um pincel bem macio. Minha pintura ficou com "listras", muito de leve, provavelmente por causa da rigidez do pincel.
Preparando o terreno
Monte seu ateliê temporário em um local bem ventilado. A tinta não tem cheiro muito forte, mas, se você for sensível a cheiros de químicos, recomendo também usar máscara. Eu não precisei. Algo que não usei, mas que recomendo fortemente: luvas. Sujei a mão toda e precisei ficar esfregando um paninho com aguarrás para retirar. Forre o local onde for fazer a pintura com bastante jornal, várias camadas e, se puder, plástico. Como a tinta é muito líquida, ela ultrapassa o papel com facilidade. Tente evitar, mas, se manchar alguma coisa, esfregue um paninho com aguarrás.
Pintura em vidro
A tinta é bem líquida. Para que a pintura fique sem marcas, além de utilizar um pincel bem macio, dê pinceladas contínuas e na mesma direção. O melhor é também fazer várias camadas bem finas - dando um tempo de secagem entre elas -, para evitar que a tinta escorra e fique borrões depois de secar. Como pintei uma garrafa, ficou um pouco de tinta depositada nas "curvas" da garrafa e, nas partes que esqueci de passar o pincel depois para retirar a tinta depositada, ficaram marcas da tinta escorrida. Essas "imperfeições" podem ser propositais e dar um charme a seu trabalho, mas, se a intenção for deixar tudo uniforme e lisinho, é um ponto a ter atenção. A tinta seca muito rápido, enquanto terminava de pintar outra peça, a primeira já havia secado. Quando terminar de dar as demãos e o resultado ficar a seu gosto, deixe secar bem em local ventilado antes de usar. As peças pintadas devem ser usadas para decoração, não as utilize para alimentos.
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Ganhei esse selinho fofo da Grazzi, do blog Coisas da Grazzi. Obrigada pelo presente! A Grazzi também apronta na cozinha e já fez a receita do Bolo diferente ou cuca de chocolate com banana (ESSE), o dela ficou lindão (AQUI).
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Encontrei as dicas para pintura de vidros no blog Casando sem grana (que acompanho desde a época que era noiva, ótimo), pois a Sammia enfrentou 105 vidrinhos (!!!) para usar na decoração do casamento dela (AQUI). Ela usou thinner para limpar, mas comigo o aguarrás (mineral) deu certo, e não achei tão fedorento, rs. A Sammia recomenda usar o pincel 185 de 25,4 mm da Tigre, por ser bem macio.
A Acrilex não patrocinou esse post (que pena!). Foi a marca que usei - já uso a tinta acrílica da marca - e gostei do resultado.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
Risoto mulato à moda da casa
Como uma apaixonada pela riqueza gastronômica desse país, considero que as receitas da Mara Salles - do restaurante Tordesilhas (SP) - são de encher os olhos e o coração. O risoto mulato desenvolvido pela chef reúne de uma forma prática e inusitada a dobradinha arroz e feijão. Com algumas adaptações, esse risoto mulato se mostrou uma opção deliciosa para juntar a dupla mais amada do Brasil. As instruções são simples, os ingredientes são poucos e bem comuns, mas não se engane: o sabor é incrível.
Em seu livro Ambiências - Histórias e receitas do Brasil, Mara Salles traz um pouco da culinária regional: do pato ao tucupi à tapioca, passando por pratos feitos com formigas e receitas caseiras, tudo entremeado por fotos lindas e textos deliciosos de se ler. Preciso dizer que adorei? Entre as receitas do Tordesilhas, está a do risoto mulato, preparado de um jeito bem brasileiro. Fiz algumas ligeiras mudanças na receita - devido, principalmente, ao uso do arroz carnaroli, próprio para risoto - e as indico ao final do modo de fazer. Mas a base do tempero está presente, e isso é fundamental para o sucesso da receita.
Risoto mulato à moda da casa
(Rende 4 porções)
1 tomate (sem sementes) cortado em cubos pequenos
1/2 cebola cortada em cubos pequenos
1/2 colher de chá de vinagre branco
1 colher de sopa de azeite
Suco de 1/2 limão (usei o siciliano, use o que tiver)
1 e 1/2 xícara de arroz carnaroli (ou arbóreo)
Pimenta calabresa a gosto
1 litro de caldo de feijão preto
Coentro picado (ou salsinha)
Deixe o caldo de feijão em fogo baixo. Em outra panela, coloque o tomate, a cebola, a pimenta, o vinagre, o azeite e o suco de limão. Leve a fogo baixo, junte o arroz e deixe "secar" um pouco, coisa rápida. Acrescente caldo suficiente para cobrir o arroz e aumente o fogo. Vá mexendo sempre e juntando mais caldo - concha a concha - à medida que o líquido da panela for secando. O arroz deve ficar firme, mas não duro. Eu vou experimentando o arroz ao longo do processo e, quando sinto que está al dente, não coloco mais líquido e deixo secar (deve ficar cremoso, não uma "sopa"). É preciso mexer de vez em muito, aqui o risoto ficou pronto após uns 20 minutos. Desligue o fogo, salpique o coentro e sirva quente. Para quem gostar, um molho de pimenta nessa hora cai bem.
Algumas observações:
- A receita original indica o uso de caldo de feijoada ou caldo de feijão preto cozido com linguiça defumada. Usei caldo de feijão preto que tinha congelado (sempre tenho, lembra o caldinho de feijão - AQUI) temperado com um pouco de sal, bastante alho e folhas de louro. Atenção, o caldo é caseiro. Acho que usar cubinhos de caldo pronto não dará certo nessa receita, por questão de cor e sabor, eu não usaria - aliás, aboli os cubinhos da minha cozinha.
- Só usei o arroz carnaroli porque tinha um pacote aberto há algum tempo e queria usá-lo, pois a Mara Salles recomenda o uso de arroz comum, já cozido. Assim, essa receita é ótima opção para aproveitar sobras. No caso de usar o arroz cozido (4 escumadeiras, como diz a receita), usa-se 1/2 litro de caldo de feijão, que pode ser colocado todo de uma vez.
- A receita original pedia uma cebola, mas, como não sou muito fã, cortei a quantia pela metade. Também pedia 1 colher de sopa de vinagre, mas também não sou fã nem costumo comprar um produto de qualidade, então usei metade.
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O livro Ambiências - Histórias e receitas do Brasil (DBA, 2011), da Mara Salles, é ESSE.
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
Bolo de banana com figo
Banana é vida! Com essa premissa em mente, dá para imaginar o efeito de algumas bananas amassadas em uma massa de bolo: menos manteiga e ovos, pois a banana ajuda a obter a consistência, massa úmida e fofa, cheirinho e sabor deliciosos. Mas, e se houver figos sobrando na geladeira? O acréscimo dos figos deu um plus incrível na receita, pois os pedaços de figo ficaram bem doces e combinaram muito bem com a banana. Juntando com o visual charmoso, é bolo diferente para servir às visitas e ainda contar a mentira de que "deu um trabalhão".
Fazia algum tempo que não aparecia receita de bolo no blog e realmente eu tinha parado um pouco de fazer. Se depender de mim, sempre tem bolo aqui em casa. O problema é que tenho que comê-lo praticamente sozinha, o que não chega a ser um sacrifício, mas que passa a conta na hora de subir na balança. O que falar do bolo de banana? Todo mundo adora e, com pedaços de figo, acredite, é para amar.
Bolo de banana com figo
(Rende um bolo pequeno - forma de bolo inglês)
1 ovo
1 e 1/2 colher de sopa de manteiga
3/4 de xícara de açúcar
2 bananas médias amassadas
1 e 3/4 de xícara de farinha de trigo
1/3 de xícara de leite
1/2 colher de sopa de fermento para bolo
1 e 1/2 figo fresco em fatias
Na batedeira ou à mão (como fiz), bata o ovo, a manteiga e o açúcar, até formar um creme liso. Junte as bananas amassadas e a farinha de trigo, misturando até ficar homogêneo. Acrescente o leite, misture. Coloque o fermento e mexa o suficiente para misturar. Coloque a massa em uma forma de bolo inglês untada com manteiga e enfarinhada. Pegue as fatias de figo e afunde-as uma a uma na massa do bolo, formando a decoração que quiser. Leve a forno (pré-aquecido) médio-baixo por 30 a 40 minutos.
Usei toda a farinha de trigo que tinha para o bolo e esqueci de reservar um pouco para enfarinhar a forma. Acabei "enfarinhando" com chocolate em pó, que ainda deu sabor e formou uma casquinha muito gostosa. Você pode afundar neste bolo fatias de maçã, pera, pêssego etc, acho que banana vai bem com tudo!
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Quer saber mais sobre o figo? Veja AQUI.
Em Valinhos (SP), está rolando a 63ª Festa do Figo e 18ª Expogoiaba, até o final de janeiro (veja AQUI). Figo e goiaba? Queria me teletransportar para lá.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
Torta salgada "amiga do corpinho sarado"
Faço uma crítica antes mesmo que "algum aventureiro o faça": essa receita é para a família ou para os amigos do peito. Se você estiver pensando em fazer para uma festa de aniversário com 300 cabeças, verá a ricota dilacerando sua carteira, implacável. Para uma torta grande, é mais viável (pelo menos para mim) recorrer à cobertura de batata e à maionese, que têm seu valor. Mas não fique triste: essa receita serve umas 10 pessoas, dá para chamar a turminha :-)
Torta salgada "amiga do corpinho sarado"
1 pacote de pão de forma (pode ser integral)
4 xícaras de ricota esfarelada
Maionese light a gosto
1/2 xícara de leite (aproximadamente)
Cenoura ralada a gosto
Azeitona picada a gosto
Sal
Gergelim preto e azeitonas para decorar
Compre pão de forma sem casca ou tire as cascas de um pão de forma comum, cortando as bordas de umas 3 fatias juntas com uma faca serrilhada (foi o que fiz). Reserve.
Coloque sal na ricota e separe em três partes iguais (cada parte dá 1 e 1/3 de xícara).
Para a cobertura: pegue uma das partes de ricota e junte maionese o suficiente para ficar "moldável", mas firme. Não vou passar quantidades porque foi no olho, mas coloque a maionese aos poucos, vá misturando e observando se está com consistência boa para cobrir.
Para os recheios: pegue uma parte de ricota, acrescente maionese - um pouco mais que para a cobertura, mas não deixe ficar molenga -, e junte a cenoura. Faça o mesmo com a parte de ricota restante, mas junte a azeitona picada.
Montagem: em uma travessa, disponha fatias do pão reservado lado a lado. Minha camada ficou com 4 fatias inteiras e mais 1 cortada ao meio. Com uma colher, regue as fatias de pão com leite e espalhe um dos recheios. Vá montando as camadas, alternando os recheios e terminando com uma camada de pão. Regue também a última camada de pão com leite e espalhe a cobertura, como se fosse um bolo confeitado. Utilizei até uma espátula de confeiteiro para isso, mas as costas de uma colher também resolvem. Salpique com o gergelim e disponha as azeitonas de enfeite. Deixe na geladeira até o momento de servir.
O verão está aí, então, quando terminar de fazer um recheio, coloque na geladeira enquanto prepara o outro. Vá trabalhando nesse esquema "tira e bota" na geladeira, para garantir que tudo continue frio. Se quiser, tiver disposição e habilidade, pode colocar um pouco da cobertura em um saco de confeitar para decorar.
Para não passar o final de semana só no prato salgado, veja no Facebook uma receita de brigadeiro de limão no copinho (AQUI) com modo de fazer e foto. Até uma criança pode fazer e adulto nenhum vai dispensar. Porque final de semana tem que ter doce!
Quer estar sempre ligado no que acontece no Facebook? É só curtir a página do blog (AQUI).
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Quer ser glamourosa? Fale com o Marcinho. Vem comigo (AQUI)
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
Palha italiana turbinada
Quem nunca viu/comeu/cheirou palha italiana precisa resolver esse problema urgentemente. Você me pergunta: o que tem de tão especial em colocar pedaços de biscoito no brigadeiro? Eu respondo: não sei, só sei que é um docinho tão fácil de amar quanto de fazer. Para melhorar o que já era bom, sugiro uma versão turbinada com nozes. Você não imagina o plus que essa coisa boba dá à receita, que, aliás, é opção certeira para lembrancinhas de aniversário e de casamento, presentinhos e afins.
Pesquisando pela internet, não consegui chegar à conclusão sobre a origem da palha italiana, mas tudo indica que é coisa nossa, levemente inspirada na receita de salame de chocolate italiano. Em um lugar onde trabalhei por alguns bons anos, havia uma espécie de adoração à palha italiana, tendo como ponto alto a caridosa doação a colegas de redação de duas caixas enormes de palha italiana em plena festa de casamento de um dos colegas de trabalho. Docinhos (maravilhosos) feitos pelo irmão do noivo, conhecido por nós como o "Palha".
Palha italiana turbinada
(Rende cerca de 10 quadrados médios)
1 lata de leite condensado
1/2 colher de sopa de manteiga
3 colheres de sopa de chocolate em pó
10 biscoitos maisena quebrados
2 colheres de sopa de nozes quebradas
Em uma panela, misture o leite condensado, a manteiga e o chocolate em pó e leve a fogo baixo, mexendo sempre, até formar um brigadeiro firme (o ponto é quando, ao raspar o fundo da panela com a colher, o doce desgruda). Desligue o fogo, deixe amornar um pouco, acrescente o biscoito quebrado e as nozes, e misture. Coloque a mistura em uma travessa ou untada com manteiga e deixe esfriar. Corte quadradinhos e passe-os no açúcar.
O ideal é deixar a palha esfriar de um dia para o outro, para ela ficar bem firme e mais fácil de cortar. Na falta de tempo, fiz no final da manhã para cortar no final da tarde, ainda meio molenga. Nada que uma modelada com as mãos na hora de passar o açúcar não resolvesse. Fica a dica: turbine sua palha italiana com o tipo de castanha que mais gostar, ótima oportunidade para aproveitar sobras do Natal.
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Confira AQUI nossas receitas com chocolate, que aposto que deu a maior vontade :-)
O blog Cozinha da Monica sugere uma palha italiana cremosa com maçã, veja AQUI.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Petiscos de festa - salada de massa no palito
Essa receita é pá-pum, leve e diferente, ótima para receber os amigos em um dia de calor. Leve, mas não deixará ninguém com fome. A salada de massa no palito ganha a "sustância" do capeletti, sem comprometer a dieta de ninguém. Esqueça pratos e talheres, cada um pega seu espetinho e manda ver, sem formalidades. E, se está aqui, você já sabe: é fácil e rápido de fazer. Confira também outras sugestões de beliscos que não vão te prender na cozinha.
Esse petisco é uma receita do blog Pimenta no Reino, que sugeria um espetinho marguerita. Troquei o manjericão pelo tomilho, acrescentei um queijinho e dispensei a marinada. Ficou uma delícia, prova de que a ideia pode render muitas outras combinações. As quantidades vão depender de quantos espetinhos serão feitos, portanto, é a gosto.
Salada de massa no palito
Capeletti de queijo
Tomilho
Queijo minas em cubos
Tomate do tipo grape (ou cereja, ou comum em pedaços grandes)
Azeite
Cozinhe o capeletti na água e sal, de acordo com as instruções da embalagem. A massa deve ficar al dente, para não esfarelar na hora de montar os espetinhos, por isso siga o tempo mínimo de cozimento e, depois de tirar do fogo e escorrer, dê um banho de água fria na massa. Tempere o capeletti com tomilho e azeite, reserve. Monte os espetinhos com um capeletti, um cubo de queijo, um tomatinho e outro capeletti. Salpique tomilho nos espetinhos e regue com azeite. Deixe na geladeira até a hora de servir.
Providencie umas torradinhas e pães diversos (caseiros ou comprados em uma boa padaria), deixe patês e outros acompanhamentos à mão e você terá beliscos o tempo inteiro.
Patês express
Patê de gorgonzola: amasse com um garfo um pedaço de queijo gorgonzola e misture com cream cheese.
Patê de azeitonas pretas: misture azeitonas pretas picadas com cream cheese.
Caponata de beringela
Essa receita do blog Macho Gourmet é muito fácil e ótima. Adaptei com o que tinha, mas é quase igual à original: pique alho e corte pimentão (usei o vermelho) e beringela em cubos médios. Reserve. Comece dourando bem o alho no azeite, junte o pimentão, pimenta calabresa (se gostar) e orégano (usei chimichurri), e deixe fritar bem. Junte a beringela - e mais azeite, se precisar - e deixe cozinhar bem, deve ficar bem murchinha. Retire do fogo, regue com mais azeite e está pronto. Conserve na geladeira.
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A receita do espetinho marguerita do blog Pimenta no Reino está AQUI.
A caponata do Macho Gourmet é ESTA.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Pão trança com frutas
Ao decidir fazer esse pão trança, achei que estava entrando em uma empreitada meio complicada. Depois de feito, posso dizer que foi mais fácil do que eu pensei. A massa básica de pão já publicada aqui no blog se mostra curinga e vira pão doce em um piscar de olhos, sem levar um ovo sequer. O recheio de frutas aproveita resquícios do Natal e outras sobrinhas de frutas frescas. E a trança, além de valorizar o visual, distribui o recheio de um jeito muito peculiar e o trabalho - repito, menor do que você pensa - compensa pelo resultado: um pão bonito de se ver, extremamente fofo e adocicado na medida certa.
Minha amiga Daniella comentou outro dia que eu estava na fase do pão. É verdade - já estou com outra receita de pão engatilhada. Acho que descobri o quanto é gostoso afundar as mãos na massa e sovar, sovar, como se não houvesse amanhã. Para quem acha que não tem "mão" para fazer pão, só digo que (como quase tudo na cozinha) a prática faz o padeiro. No começo do blog, ficava de "mimimi", dizendo que pão era coisa sobrenatural, de feeling, e hoje me aventuro em qualquer receita. Não importa se não der certo, medo eu não tenho mais :-)
Para os iniciantes nas artes padeiras, essa massa básica para pão (AQUI) é uma ótima receita para começar. Siga à risca as quantidades e sove, sove, como se o mundo nem existisse mais...
Pão trança com frutas
(Rende uma trança média)
1 receita da massa básica para pão (AQUI) com as seguintes alterações no açúcar e no sal: 3 colheres de sopa de açúcar, 2 pitadas de sal. Acrescente 2 colheres de sopa de aveia (opcional).
Recheio
2 colheres de sopa de uvas-passas sem caroço
3 colheres de sopa de frutas cristalizadas
1 maçã pequena picada (sem casca)
Recheio: misture tudo, reserve.
Massa: siga o modo de fazer da receita indicada até o primeiro descanso da massa.
Montagem: em uma superfície enfarinhada, abra a massa no formato de um retângulo, com a ajuda de um rolo também enfarinhado. Não abra a massa muito fina (deixe espessura de quase 1 cm), senão complica depois. Corte o retângulo em 3 tiras, no comprido. Coloque o recheio ao longo de cada tira, às colheradas e deixando "margens". Feche cada tira, juntando as bordas da massa e dando uma "roladinha" de leve (na superfície sempre enfarinhada), para formar um rolo. Feche também as pontas das tiras.
Trançando: coloque os 3 rolos um ao lado do outro, bem perto, junte as pontas dos rolos das laterais e passe a ponta do rolo do meio por cima, dobrando para baixo. Ficará como na foto:
Vá trançando os rolos delicadamente, com cuidado para não rasgar. O jeito correto é pegar o rolo da extrema direita e colocá-lo entre os dois rolos restantes, fazer o mesmo com o rolo da extrema esquerda e assim sucessivamente, do mesmo jeito que se trança cabelo. Quando acabar, faça com as pontas do final o mesmo que fez com as pontas do início. Confesso que me deu um branco tão grande na hora que eu não conseguia lembrar de jeito nenhum como se trançava, aí fiz um negócio meio doido, mas que enganou bem, rs. O resultado foi esse aí:
Acomode a trança em uma assadeira untada e enfarinhada (cuidado com o transporte, use as duas mãos ao mesmo tempo como apoio para a massa) e deixe descansar por 40 min a 1 hora dentro do forno (desligado). Esqueci o pão e ele ficou superinflado e, depois, superfofo. Pincele a massa com leite e leve ao forno médio por cerca de 30 a 40 min, até dourar. Depois de assada, pincele a trança com a geleia de sua preferência (usei geleia caseira de damasco, ensinada AQUI).
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ESTE vídeo mostra rapidamente como fazer uma trança com o pão.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Creme de maçã e pera
O final do ano já se passou e só restaram as lembranças de 2011...e de tudo o que você comeu nas últimas semanas. Fato é que a gente exagera nessa época. Que jogue a primeira rabanada quem se preocupou em só comer coisas saudáveis! Esse creme de maçã e pera é uma sobremesa bem leve, e nem por isso menos gostosa. Não espere encontrar nenhuma papinha de bebê: o chá preto e o iogurte dão complexidade ao sabor, coisa de adulto. A farofinha de biscoito (light) garante o crocante que combina tão bem com a textura cremosa. Simples, mas não simplório, só provando para saber. E geladinho, por favor!
O creme é de maçã e pera, mas podia ser só de maçã ou só de pera. Na verdade, tinha as duas frutas pedindo para serem usadas e não tive coragem de rejeitar o pedido de uma delas. Fica a dica: essa receita é ótima para aproveitar maçãs e peras que já estão "tristinhas" demais para se comer. A receita na qual me baseei pedia o uso do creme de leite, mas utilizei o iogurte para "emagrecer" a sobremesa e confesso que não conseguirei mais fazer de outro jeito. Incrível como o chá preto combina com doces (os ingleses sabem das coisas e já comprovamos isso AQUI). Neste caso, casou com o sabor da maçã e da pera e foi feliz para sempre.
Creme de maçã e pera
(Rende duas porções)
2 sachês de chá preto (usei um chá preto "sabor" amêndoas - recomendo)
100 ml de água quente
2 colheres de sopa de uvas-passas sem caroço
1/2 colher de sopa de mel
2 xícaras de maçãs e peras picadinhas
1 colher de sopa de açúcar mascavo (ou refinado)
1/2 colher de sopa de manteiga
1/4 de colher de sopa de canela em pó
1/2 pote de iogurte natural
4 biscoitos doces esfarelados
Deixe os sachês de chá em infusão na água quente. Descarte os saquinhos e junte o mel e as uvas-passas. Reserve. Em uma panela, leve as maçãs e peras ao fogo brando com o açúcar, a manteiga e a canela. Misture. Acrescente à panela o chá reservado e deixe cozinhar em fogo brando. A receita dizia para cozinhar até virar um purê, mas dei uma forcinha: amassei os pedaços, quando bem macios, com um pilão de madeira (fora do fogo) - você pode usar o mixer também. Deixe o purê ficar bem enxuto, mexendo de quando em quando para não queimar. Desligue o fogo, deixe o purê esfriar um pouco e junte o iogurte. Sirva gelado com a farofa de biscoito doce por cima.
Se quiser deixar o negócio ainda mais light, dispense o mel e o açúcar, ou pelo menos um dos dois. Garanto que não fará falta, principalmente se as maçãs e/ou peras estiverem bem maduras. Se quiser o negócio mais "adulto", acrescente cachaça, rum, licor ou coisa que o valha ao purê, já fora do fogo.
A página do Casa, Coisas e Sabores no Facebook está cheia de fotos, receitas exclusivas e dicas de coisas legais que encontro por aí. Já curtiu? Clique AQUI. As abobrinhas rolam soltas também no Twitter. Quer me encontrar por lá? É só clicar AQUI e seguir a "arrobinha" @Casa_Sabores.
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Esta receita é uma adaptação do Creme de maçã do livro 200 Receitas Rápidas e Saborosas (Publifolha, 2009). Recomendo, várias receitinhas fáceis e práticas e opções interessantes.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Os melhores de 2011
Recordar é viver! A cozinha andou meio parada nos últimos dias e, como todo começo de ano é meio preguiçoso - culpa da ressaca de alegria do final do ano -, relembro as postagens do ano que passou e compartilho com você o meu preferido de cada mês de 2011. Enquanto isso, fico pensando em tudo o que virá em 2012, já prevendo um ano delicioso para todos nós.
Enquanto essa Casa arruma a bagunça para pegar no tranco novamente, veja o que rolou de melhor por aqui em cada mês. Mas essa lista não precisa ser a sua, coloque a boca no trombone que o espaço para os comentários está aberto para sua opinião sobre o que mais gostou de 2011 :-)
JANEIRO
Macarrão de verão (AQUI)
"Vovó já dizia que saco vazio não para em pé, e nem só de líquido vive o homem. Fora as sempre onipresentes saladas de folhas, que você pode incrementar e dar um up com queijos magros (ricota, minas, cottage), sugiro uma bela salada de massa. Vovó sempre dizia: "coma carboidrato, minha filha, que dá energia e ajuda a malhar bonito".
FEVEREIRO
Macarrão de verão (AQUI)
"Essa é uma daquelas receitas de preparo simples e de efeito surpreendente. A etapa mais "difícil" do prato é preparar o macarrão - aqui, não vale macarrão instantâneo, o trabalho é pouco pero no mucho."
MARÇO
Panquecas sem ovo (e podem ser sem leite) - esse é um must do blog (AQUI)
"Foi em uma receita adaptada ao estilo de vida vegan que encontrei a solução para um problema momentâneo: a falta de ovos na geladeira e uma necessidade imensa de comer panquecas (devido a outras faltas, a de pão, biscoito, torradas...qualquer coisa que servisse de carboidrato no café da manhã)."
ABRIL
Pão de panela, o pão alemão (AQUI)
"Fiquei desconfiada sobre se uma receita de pão preparado em cima do fogão, e não dentro, poderia dar certo, mas o espírito aventureiro falou mais alto e a curiosidade foi maior do que o medo de estragar ingredientes em uma receita mal sucedida. Ainda bem. O pão alemão é mesmo surpreendente, sem mistérios para preparar e à prova de destruidores de massa, como eu. Não sei se sovei de mais, ou de menos, sei que deu certo e ficou bom."
MAIO
Frango indiano ou murg saag fajuto (AQUI)
"A vontade de comer algo que fosse quente e reconfortante se uniu ao fato de ter frango e espinafre na geladeira, e imediatamente me lembrei de um prato indiano que tinha comido há algum tempo que levava esses dois ingredientes. Ardido na medida certa, que sou fraca para essas coisas, o murg saag era uma opção perfeita."
"Esta é uma republicação da receita de batata assada que fica com gostinho de batata frita. Mesmo sem serem mergulhadas em óleo, as batatas ficam muito crocantes. E o melhor é que passaram longe da fritura. Confira a receita e experimente em casa, vale a pena!"
JULHO
Taça floresta negra (AQUI)
"Decidi que a sobremesa seria algo extremamente prático e que pudesse fazer no dia anterior, pois queria dedicar mais o pouco tempo aos outros pratos. Utilizando vários itens prontos, surgiu a Taça Floresta Negra, que nem foi feita em taça, nem nada. Mas a ideia é ir montando camadas, então, o ideal é que o recipiente seja transparente - para visualizar as camadas - e alto - para montar várias."
"Esse bolo de aniversário foi feito para uma amiga que gosta de chocolate. O quanto? Muito. As "instruções" que recebi na hora de fazer foram as seguintes: cobertura, recheio, tudo de chocolate. "Ela é doida por chocolate", acrescentou minha fonte (sem necessidade). Ok! Por isso essa receita é para os chocólatras de plantão."
"Um dos problemas de quem come muito frango, em busca de uma alimentação mais saudável ou por gosto, é que chega um momento que você não sabe mais o que fazer com o bicho. Assado, ensopado, grelhado (a seção filé de peito de frango é um dilema à parte). Com molho, sem molho. Para ajudar a variar o franguinho nosso de cada dia, essa receita coloca geleia e maçã junto com a penosa, dando um sabor diferente e agridoce em uma receita simples, prática, porém inusitada e de presença."
"Há algum tempo, fiquei procurando uma receita de brownie que pudesse ser feito no micro-ondas, ao estilo dos bolos de caneca. Encontrei algumas, porém nenhuma delas me deixou satisfeita. Pelo menos as que caíram nas minhas mãos, todas pareciam um bolo de chocolate. Brownie é mais que isso, e o brownie de caneca também deveria ser."
"Esse sorvete de banana foi uma descoberta daquelas que a gente lamenta não ter encontrado há mais tempo. É tão cremoso, tão delicioso, tão fácil de fazer, tão igualzinho a qualquer sorvete que quase não dá para acreditar que é feito só de banana. Isso aí! O único ingrediente que você vai precisar para fazer esse sorvete é banana. A versão que mostro leva mais ingredientes, mas é tudo "perfumaria", opcionais que dão um "plus" ao que já é gostoso."
"Sabe o pão escuro que a gente come naquele famoso restaurante australiano? É esse mesmo. Essa é a receita do famoso pão australiano tipo o do Outback. Ela foi ligeiramente adaptada para o uso do farelo de trigo, que geralmente se encontra em qualquer supermercado e a preço de R$ 2 a R$ 2,50 (no RJ). De resto, é tudo igual. Com sabor levemente adocicado, textura macia e casca fina, esse pão australiano é uma opção deliciosa e diferente para consumir pão integral."
Enquanto essa Casa arruma a bagunça para pegar no tranco novamente, veja o que rolou de melhor por aqui em cada mês. Mas essa lista não precisa ser a sua, coloque a boca no trombone que o espaço para os comentários está aberto para sua opinião sobre o que mais gostou de 2011 :-)
JANEIRO
Macarrão de verão (AQUI)
"Vovó já dizia que saco vazio não para em pé, e nem só de líquido vive o homem. Fora as sempre onipresentes saladas de folhas, que você pode incrementar e dar um up com queijos magros (ricota, minas, cottage), sugiro uma bela salada de massa. Vovó sempre dizia: "coma carboidrato, minha filha, que dá energia e ajuda a malhar bonito".
FEVEREIRO
Macarrão de verão (AQUI)
"Essa é uma daquelas receitas de preparo simples e de efeito surpreendente. A etapa mais "difícil" do prato é preparar o macarrão - aqui, não vale macarrão instantâneo, o trabalho é pouco pero no mucho."
MARÇO
Panquecas sem ovo (e podem ser sem leite) - esse é um must do blog (AQUI)
"Foi em uma receita adaptada ao estilo de vida vegan que encontrei a solução para um problema momentâneo: a falta de ovos na geladeira e uma necessidade imensa de comer panquecas (devido a outras faltas, a de pão, biscoito, torradas...qualquer coisa que servisse de carboidrato no café da manhã)."
ABRIL
Pão de panela, o pão alemão (AQUI)
"Fiquei desconfiada sobre se uma receita de pão preparado em cima do fogão, e não dentro, poderia dar certo, mas o espírito aventureiro falou mais alto e a curiosidade foi maior do que o medo de estragar ingredientes em uma receita mal sucedida. Ainda bem. O pão alemão é mesmo surpreendente, sem mistérios para preparar e à prova de destruidores de massa, como eu. Não sei se sovei de mais, ou de menos, sei que deu certo e ficou bom."
MAIO
Frango indiano ou murg saag fajuto (AQUI)
"A vontade de comer algo que fosse quente e reconfortante se uniu ao fato de ter frango e espinafre na geladeira, e imediatamente me lembrei de um prato indiano que tinha comido há algum tempo que levava esses dois ingredientes. Ardido na medida certa, que sou fraca para essas coisas, o murg saag era uma opção perfeita."
JUNHO
Batata "frita" assada (AQUI)
JULHO
Taça floresta negra (AQUI)
"Decidi que a sobremesa seria algo extremamente prático e que pudesse fazer no dia anterior, pois queria dedicar mais o pouco tempo aos outros pratos. Utilizando vários itens prontos, surgiu a Taça Floresta Negra, que nem foi feita em taça, nem nada. Mas a ideia é ir montando camadas, então, o ideal é que o recipiente seja transparente - para visualizar as camadas - e alto - para montar várias."
AGOSTO
Bolo de aniversário "eu só quero chocolate" (AQUI)
OUTUBRO
Brownie de caneca com sabor de brownie (AQUI)
NOVEMBRO
Sorvete de banana...feito só de banana! (AQUI)
DEZEMBRO
Pão australiano (tipo o do Outback) (AQUI)
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A casa virtual até que está arrumadinha, pois fiz faxina e troquei as cortinas para esperar 2012 (AQUI). Já a casa real...está de pernas para o ar! A primeira limpeza do ano também é boa para faxinar as energias negativas. Acredito mesmo é em Deus, mas um sal grosso, um banho de ervas, não custam, né?
A casa virtual até que está arrumadinha, pois fiz faxina e troquei as cortinas para esperar 2012 (AQUI). Já a casa real...está de pernas para o ar! A primeira limpeza do ano também é boa para faxinar as energias negativas. Acredito mesmo é em Deus, mas um sal grosso, um banho de ervas, não custam, né?
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