verificador pinterest Casa, Coisas e Sabores: outubro 2011

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Molho pesto de rúcula


O molho pesto tradicional é muito típico da culinária italiana e acompanha todo tipo de massa como ninguém. Nesta receita, o manjericão fresco foi substituído pela rúcula para obter o pesto de rúcula, um molho fresco, de sabor marcante e que, se fica diferente do pesto de manjericão, é porque a mudança da erva confere sabor original. Se é fácil de fazer? Só digo que vai tudo no liquidificador ou processador. Prático? É para guardar e ter à mão sempre que quiser.

O pesto de rúcula mantém o azeite, as nozes, o parmesão e o modo de preparo, mas com sabor um pouco mais "picante". Continua acompanhando maravilhosamente bem as massas e pode - e deve - ser feito em maior quantidade para guardar e ir usando aos poucos, seja no macarrão, na pizza ou em saladas.

Pesto de rúcula
(Rende cerca de 150 ml de molho)

1 e 1/2 xícara de rúcula
1 dente de alho
4 nozes (ou a gosto)
1/2 xícara + 2 colheres de sopa de azeite
1 colher de sopa de parmesão ralado

Bata no processador (minha escolha) ou no liquidificador a rúcula, o alho, as nozes e a 1/2 xícara de azeite. Acrescente o parmesão, misture e coloque em um pote. Junte as colheres de azeite (para cobrir o pesto) e feche bem. Guarde na geladeira.

Para fazer o pesto tradicional, é só trocar a rúcula pelo manjericão. Você pode usar a castanha que quiser, aproveitando o que estiver mais disponível e obtendo sabores variados e deliciosos. Optei por não colocar o parmesão ao final - apesar de recomendar na receita - porque fiz para guardar e queria ter a opção de usar o pesto de rúcula com queijo branco quando quisesse mais leveza. Você pode fazer o mesmo e, quando quiser, acrescentar o parmesão ralado na porção que for usar.

Espaguete integral com pesto de rúcula e queijo minas fresco

Almoço de última hora? Prepare a massa de sua preferência e misture com um pouco do pesto de rúcula que você guardou na geladeira. Finalize com parmesão ralado ou outro tipo de queijo (na foto, fui de queijo minas fresco para ficar mais leve).

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A receita original foi do site Panelinha, veja AQUI.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Falso bobó de frango na abóbora


No lugar do camarão, frango. Em vez do purê de aipim (mandioca, macaxeira), purê de abóbora. O azeite de dendê nem passou perto. Do bobó tradicional mesmo só sobrou o leite de coco e olhe lá. Mas, chame do que for, é uma delícia! O falso bobó de frango é superfácil de fazer e a apresentação é um charme a mais que não dá quase trabalho nenhum: a abóbora serve de "cumbuca" para levar o prato à mesa e ainda recebe todo o sabor do creme. Ah! Não se preocupe que, no falso bobó de frango, a pimenta continua presente. Ou não, a cozinha é sua e você que manda!

Se você fritar alguns camarões miúdos ou graúdos e colocar na minha frente, comerei feito pipoca, fato. Mas acontece que não sou muito chegada a camarão ensopado. Até gosto no começo, mas, na terceira garfada, já estou ficando enjoada do sabor. Prefiro aqueles recheios de camarão enganosos, que a gente morde, morde e não acha nada, rs. Prefiro que me enganem com creme sabor camarão.

Por isso, apesar de já ter comido alguns bobós de camarão deliciosos, não pensei duas vezes em trocar o crustáceo pelo frango. E abóbora é figurinha fácil por aqui (é barata, gostosa, nutritiva, pouco calórica - te amo, abóbora!). O coentro - presente também na receita original do bobó -, o leite de coco e a pimentinha garantem a lembrança do delicioso tempero baiano. Troquei 10 por meia dúzia, mas saí ganhando.


Falso bobó de frango na abóbora
(Rende 3 porções)

2 xícaras de peito de frango em cubos (3 filés médios)
1 abóbora pequena (retirar cerca de 3/4 de xícara de polpa)
2 dentes de alho picados
1/4 de cebola pequena picada
1 colher de sopa de coentro fresco picado
1/2 lata de tomate pelado (ou o equivalente em tomate fresco em cubos)
1/2 garrafa (100 ml) de leite de coco
Sal, azeite e molho de pimenta a gosto

Preparando a abóbora: lave bem a abóbora com uma escova e corte uma tampa no topo (aproveite para retirar um pouco de polpa dessa tampinha). Retire as sementes com as mãos (guarde para usá-las ASSIM) e cave com uma colher para retirar um pouco de polpa. A minha abóbora estava bem macia, se a sua estiver muito dura, tire as sementes e deixe para cavar depois de cozida. Embrulhe a abóbora em papel alumínio e leve ao forno médio por 30 a 40 min, até, espetando com um garfo, verificar que está macia. Atenção, não pode ficar molenga.
Na panela: refoque o alho e a cebola no azeite. Junte o frango e deixe dourar. Acrescente a polpa da abóbora, o tomate, o leite de coco, o coentro, a pimenta (usei molho Tabasco, mas pode ser qualquer molho ou pimenta fresca picada) e sal. Deixe apurar e reduzir um pouco o líquido. Sirva dentro da abóbora.

Comprei a abóbora por causa do formato e do tamanho, mas pesquisei depois e vi que é do tipo Carioca/Jacarezinho (???). É bem saborosa, macia e tem pouco líquido, recomendo para a receita. Mas, claro, faça com a abóbora que tiver e do tamanho que preferir. Se gostar e tiver, pode também acrescentar 1/2 colher de sopa de azeite de dendê na receita (ou até mais, mas é melhor ir provando para sentir quando estiver a seu gosto, pois dendê é arretado).

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A receita original que serviu de inspiração é ESSA. É do Dia Dia do meu muso Daniel Bork e tem vídeo.

Para quem ficou com vontade de camarão de tanto que falei do bicho, veja ESSA receita de bobó de camarão tal qual.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Bolo salgado de azeitonas e alecrim


Esse bolo salgado é feito tal qual um bolo doce, apenas com a drástica redução da quantidade de açúcar. Com a receita básica de bolo de mamãe e, acrescentando alguns ingredientes salgados que podem ser a gosto, o resultado é um bolo salgado fofinho, para ser saboreado quentinho no lanche. O sabor das azeitonas ganhou um toque de alecrim e a combinação ficou deliciosa e marcante. Regar com um fio de azeite na hora de servir é mais que recomendado: é fundamental. Mas isso não quer dizer que a gente dispense um naco de manteiga derretendo na fatia de bolo quentinho.

Bolo salgado de azeitonas e alecrim
(Rende um forma de bolo com furo pequena - para pudim)

2 ovos
2 colheres de sopa de manteiga
1 colher de sopa de azeite
1 colher de sopa de açúcar
3 xícaras de farinha de trigo
1 colher de café de sal
1 e 1/4 de xícara de leite
2 colheres de sopa de azeitonas verdes picadas
1 colher de sopa de alecrim fresco picado
1 colher de sopa de fermento químico para bolo

Prepare a forma, que deve ser untada e enfarinhada, reserve. Pré-aqueça o forno a 180º C. Bata bem (à mão - como fiz - ou na batedeira) os ovos, a manteiga, o azeite e o açúcar, até ficar bem homogêneo. Junte aos poucos a farinha de trigo com a pitada de sal o leite, e continue batendo. Misture à massa as azeitonas e o alecrim. Por último, misture o fermento. Coloque na forma e leve ao forno por 10 min na temperatura média e por cerca de 30 min no forno baixo (180º C). Esse tempo depende muito do forno. O ideal é, quando o bolo estiver corado e não antes de 20 min de forno, fazer o teste do palito, espetando um palito de dente e vendo se este sai seco.

Essa receita é básica para bolos salgados, no lugar das azeitonas verdes, podem ser azeitonas pretas ou bacon, linguiça calabresa (picadinhos, fritos e bem sequinhos), peito de peru picado. Pode entrar a erva da preferência no lugar do alecrim, como orégano. Se gostar, pode acrescentar milho, ervilha ou seleta de legumes, bem escorridos. O ideal é que os "recheios" não soltem muita água ou gordura, para não alterar a proporção de líquidos/óleos na receita.

Como não tinha muita gente para comer o bolo (tive que fazer esse "sacrifício" praticamente sozinha), as sobras tiveram que ir para a geladeira. Sabe o que fiz com as sobras? Outra receita tão gostosa quanto a original e que coloco com exclusividade na fanpage do blog no Facebook (veja AQUI). Conheça e, se tiver conta no Facebook, curta a fanpage do Casa, Coisas e Sabores para acompanhar outras coisas que aparecem por lá :-)

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Para conseguir um bolo fofinho, é importante que o fermento para bolo esteja 100% funcionando. Depois de aberto, mantenha o potinho bem fechado, fora da geladeira e fique atenta(o) ao prazo de validade. Faça o teste: jogue uma pitada do fermento em um pouco de água limpa. Se "ferver" bastante, o fermento está bom para o uso.

O Shoptime tem umas formas de silicone para bolo de formato diferente, lindas e com ótimo preço, tenho duas dessas. Veja AQUI.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Clothes in a jar (roupa no pote) - embalagem de presente


Você coloca no pote geleias, conservas, biscoitos e até cupcakes, cheesecakes e outras sobremesas prontas para presentear. E roupa, já pensou em colocar no pote? Aproveite aquele vidro vazio que iria direto ao lixo para customizar e criar uma embalagem de presente muito original. Dependendo do tamanho do pote, pode servir de embalagem de presente para camisetas, blusinhas e acessórios. Veja o passo a passo e invente outras embalagens com o que tiver em casa.

Blusa no pote

Material: isso dependerá do seu projeto, mas separe um pote de vidro (usei um de palmito), fitas, cola em bastão, canetinhas, lápis, tesoura e papéis (neste caso, usei uma folha A4 comum e reciclei uma embalagem de cosmético em papel cartão colorido).



1. Lave bem o pote de vidro e retire o rótulo. Para tirar o cheiro do pote, deixe água e bicarbonato dentro por algum tempo. Para retirar o rótulo, como a cola era fraca, molhei com água e detergente e esfreguei com escovinha, mas você deixar de molho um pouquinho na água quente ou usar removedor.
2. No papel cartão (usei uma embalagem que iria para o lixo), recorte tags do formato que desejar. Usei um peso de papel de oito lados e uma tampa de cosmético como moldes e recortei à mão com tesoura. Fiz uma tag maior na parte craft da embalagem e uma tag menor do lado colorido do papel. Faça um furo em cada tag usando um perfurador. Escreva o que quiser nas tags e passe-as por uma fita fina.


3. Em uma folha A4 comum (ou outro papel maleável), desenhe à mão livre com canetinha. Você também pode usar o computador e imprimir alguma padronagem ou desenho no papel.
4. No papel desenhado, corte um círculo maior que a tampa (com sobra o suficiente para cobrir as laterais da tampa). Coloque cola no topo da tampa e grude o círculo de papel. Ponha cola nas laterais da tampa e cubra com a sobra do papel, ajeitando com os dedos e fazendo vincos. Recorte as aparas e faça o acabamento, ajeitando com cola e os dedos.


5. Monte a embalagem: torça e enrole a roupa para colocar dentro do pote, para dar um efeito legal. Feche o pote com a tampa decorada. Enfeite a boca do pote com a fita + tags e avise ao presenteado que o pote é de vestir, não de comer :-)


Se quiser proteger o papel da tampa, encape com um pedaço de contact transparente. Como não tinha, não usei. Você também pode escrever ou fazer desenhos no vidro usando uma caneta para retroprojetor. Essa ideia permite inúmeras variações, você pode usar vários tipos de fitas e cordões, botões e outros apetrechos para decorar. A tampa pode ser forrada com folha de revista ou de jornal. Tente fazer uma decoração com a cara do presenteado.

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Veja AQUI imagens de outras ideias de embalagens recicladas.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Lassi de tangerina refrescante

Sei que o sol ainda não deu as caras direito em boa parte do país. Mas aproveito que os últimos dias foram ensolarados no Rio de Janeiro - não falaria em verão, pois a temperatura está amena para nossos padrões, rs - para trazer uma receita de uma bebida saudável, gostosa e refrescante: o lassi de tangerina. Tem o sabor e a leveza do iogurte, o toque azedinho e perfumado da tangerina e muito, muito gelo. Pode vir, sol, que estamos preparados!

O lassi é uma bebida indiana à base de iogurte e especiarias, que serve para fechar a refeição, por ser digestivo. Já experimentei a bebida e confesso que não gostei, estranhei um pouco uma bebida tão temperada, questão de treinar o paladar. Mas o nosso lassi só tem em comum com o indiano o iogurte, pois o único ingrediente que complementa o sabor é a tangerina mesmo. A mistura com o iogurte faz a bebida sair do lugar comum e a receita é sem álcool, ótima pedida para a criançada.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Sorvete vapt-vupt (frozen yogurt)


Quem cozinha geralmente não se dá conta de que os princípios de química e física estão presentes ao se obter um bolo fofinho ou no uso da panela de pressão. Nessa receita, usamos a física a nosso favor para obter um sorvete cremoso de um jeito fácil e em poucos minutos. Acredite, em poucos minutos você sai da mistura líquida para o sorvete! Parece brincadeira de criança, mas é ciência. Parece experimento de minicientista maluco, mas é uma sobremesa deliciosa.

Quando pequena, adorava ver na TV programas de ciência (Eureka e O Mundo de Beakman, quem lembra?) que ensinavam a fazer experimentos em casa, como "espingarda" de batata, caleidoscópio caseiro e vulcão de papel machê (fiz tudo isso). Tinha um caderno de experimentos, onde eu anotava os que eu mais gostava, com passo a passo e desenhos explicando como fazê-los. Infelizmente, esse caderno se perdeu, mas lembro bem da sorveteira caseira que anotei e acabei nunca fazendo.

À procura de um sorvete rápido para sugerir como acompanhamento do brownie de caneca (AQUI), acabei encontrando uma sugestão que me remeteu à experiência da sorveteira caseira. Claro que eu tinha que ver se dava mesmo certo. Eu me diverti muito fazendo essa receita e, no final, ainda obtive um sorvete de iogurte bem cremoso (não ficam cristais de gelo) que não deixou nada a dever ao frozen yogurt que encontramos por aí - e que serviu de acompanhamento para um fatia de torta de pera (AQUI) quentinha. Experimente levar as crianças para a cozinha para fazer essa receita!

Sorvete (frozen yogurt) vapt-vupt
(Rende uma porção)

1 copo (200 ml) de iogurte natural integral*
Açúcar a gosto
4 gotas de essência/extrato de baunilha (opcional)

Você também precisará de:
1 saco plástico para congelamento
1 pote alto com tampa que vede bem (preferencialmente de rosca ou trava)
1 bandeja de cubos de gelo
4 colheres de sopa de sal

Ao abrir o copo de iogurte, descarte o soro que tiver (se tiver). Adoce a gosto (usei açúcar mascavo) e acrescente a baunilha (não usei), misturando bem no próprio copo de iogurte. Coloque essa mistura no saco de congelamento e amarre com um nó bem firme. No pote, coloque metade dos cubos de gelo, 2 colheres de sal por cima, acomode o saco com a mistura de iogurte, ponha o resto do gelo em cima e, no topo, as duas colheres restantes de sal. Role o pote deitado em uma superfície (se o pote for circular, como o meu) ou chacoalhe delicadamente. Faça isso por 5 a 10 min - até perceber que o iogurte está congelado. Retire o saco com o iogurte já congelado de dentro do pote e lave bem em água corrente, para retirar o sal da parte externa. Sirva-se imediatamente ou, se for preparar algo para acompanhar e demorar alguns minutos, deixe o saquinho no congelador até o momento de usar.


*A gordura tem a ver com a cremosidade do sorvete, então acredito que usar iogurte desnatado não dará um resultado tão cremoso. Mas, se você precisa reduzir a gordura/calorias, vá fundo no desnatado. Sorvete (mesmo light) ainda é sorvete, rs.

Em vez do pote, pode-se usar um saco maior onde caiba o saquinho com a mistura de iogurte, gelo picado e chacoalhar o saco maior dentro de um recipiente de plástico pelos 5 a 10 minutos. Antes do processo de congelar, você pode colocar frutas picadas no iogurte, achocolatado ou pó sabor morango (tipo Nesquik) para conseguir outros sabores de sorvete.

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A receita original usa leite no lugar do iogurte (acho que não deve ficar tão cremoso, mas só testando) e ainda explica a física da coisa toda. Veja AQUI.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Batatinhas calabresa


Essas batatinhas são um clássico da "baixa gastronomia" de boteco, que no Rio de Janeiro é assunto muito sério. As comidinhas dos tradicionais botequins por aqui são tão - ou até mais - festejadas quanto a própria cerveja gelada. Dessa vez, a conversa aqui é com pimenta (mas nada impede de deixá-la de fora da receita). Sirva suas batatinhas calabresas como petisco ou como acompanhamento de carne ou frango assados, farão sucesso de ambos os jeitos.

Apesar de boteco não ser exatamente minha especialidade, de comida de boteco a gente entende. Sim, sou daquelas que vai a barzinho para detonar nos petiscos, não necessariamente na bebida. As batatinhas calabresa são uma das poucas opções que não passam pela fritura e, acredite, "forram" bem o estômago. Neste caso, elas serviram de acompanhamento no jantar e casam absurdamente bem com frango assado, uma paixão dessa que vos fala.

Use batatas bolinha (uma variedade de batata que é bem pequena) ou mesmo batatas comuns cortadas em quatro. Utilize batatas bem novas e lave bem as cascas com uma escovinha, porque não precisa descascá-las. A pimenta calabresa faz parte da receita clássica, mas você pode usar os temperos e as ervas que quiser, inclusive abrindo mão da pimenta. Não falarei de quantidades na receita, pois é tudo a gosto e dependerá da quantidade de batatas usadas.

Batatinhas calabresa

Batatas bolinha com casca, lavadas com escovinha
Pimenta calabresa seca
Alecrim fresco ou seco (usei o primeiro)
Sal
Azeite

Cozinhe as batatas até que fiquem al dente, ou seja, não podem ficar cozidas demais, para não ficarem moles e se desmanchando. Espete com um garfo de quando em quando para não passar do ponto de cozimento. Escorra as batatas e misture-as com os temperos. Finalize com bastante azeite. Você pode guardá-las em um pote, cobertas com azeite, de um dia para outro, para apurar mais o sabor.

Se gostar, você pode incluir na receita azeitonas verdes ou pretas, pimentão vermelho ou amarelo em tiras, cebola, orégano, salsinha, pimenta rosa em grãos, pimenta dedo de moça picada (que é bem mais suave). Fica mais a ideia, porque é bem a gosto.

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Para quem não conhece a batata bolinha, veja AQUI, pois ela pode ter outros nomes dependendo da região. A seleção de imagens ainda dá algumas outras ideias de preparo.

sábado, 15 de outubro de 2011

Blogagem coletiva: vida além da morte

Esta última fase da Blogagem Coletiva Fases da Vida, trata de um tema tão "espinhoso" quanto o da fase anterior: vida além da morte. Em vez de fazer uma reflexão baseada em determinada crença religiosa - afinal, cada uma delas tem sua visão sobre o que acontece após a morte -, resolvi fazer uma analogia. A primeira coisa que me veio à cabeça quando pensei sobre o tema foi um grãozinho de feijão. Sim! Sou louca? Um pouco (e um pouco médica também).

Quase todos nós já tivemos, quando criança, que passar pela experiência do feijão no algodão. A professora da escola pedia que a gente colocasse um algodão molhado no fundo de um copo e ali depositasse um grãozinho de feijão, e pedia que ficássemos atentos, pois algo de mágico aconteceria.

E a gente olhava para aquele grão de feijão que acabara de pegar do pote de mantimento, que estava mais para um pedaço de pedra do que para a planta que um dia fora, e fazia o que a professora tinha pedido, sem grandes esperanças de que algo muito espetacular acontecesse. Afinal, a professora devia estar nos "enganando" só para que todos fizessem seu dever de casa.

Por curiosidade, que em criança é bicho que cresce e parece que vai explodir, sempre era bom dar aquela olhadinha, só para ver se aquele pedaço de pedra ainda estava lá no lugar que a gente deixou. Ah, e para molhar o algodão de quando em quando, que a professora mandou. Até que um dia aparece uma "cobrinha" saindo do feijão. E depois aquilo se transforma em bracinhos, de onde saem folhinhas, que vira uma plantinha, com tudo que se tem direito. E da "pedra" surgiu VIDA. Surgiu justamente de onde parecia não haver vida, mas ela estava lá, latente.

É sob essa perspectiva que gostaria de abordar minha participação: há vida onde justamente parece não haver, o que sabemos sobre vida além da morte? Cada crença tem sua opinião, e na maioria a esperança é que não acabe ali. Algumas coisas precisam morrer para que outras nasçam no lugar. Isso é transformação, e é bom, é crescer. Quem sabe depois do feijão inerte, de onde a seiva se esvaiu, não haverá plantas crescendo e começando tudo de novo?

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Imagem: sxc.hu

Para conferir as outras participações da BCFV, visite os blogs Publicar para Partilhar, Na Cozinha ou Espiritual-idade.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Torta de pera (ao estilo apple pie)


Quem nunca quis se deliciar com uma daquelas tortas que a gente viu a vida toda em desenhos americanos (lembram a vovó Donalda)? Principalmente aquelas de maçã, quentinhas, que saem do forno para esfriar no batente da janela. Nessa receita, a maçã dá lugar à pera - por pura preferência (e necessidade) - e a massa é uma velha conhecida. O resultado é uma torta de pera de fácil preparo, leve e que pede desesperadamente para ser comida morna com sorvete ou chantilly.

Aqui não tem batente de janela (até tem, mas com o risco de a torta cair alguns andares abaixo na cabeça de alguém) e nem tinha maçã. Procurando pela receita, também não gostei da massa original, que leva muita manteiga. Essas massas amanteigadas são gostosas, mas não era bem isso que queria.

Solução: usar algumas peras que estavam bem maduras - até demais - e trocar a massa amanteigada original por outra mais sequinha e leve, aquela mesma que já andou por aqui em joelhos e tortas salgadas. Dessa vez ela aparece, e lindamente, com uma pequena alteração para uma receita doce. Coringa demais essa massa. E você pode voltar às origens utilizando maçã no lugar da pera, sem problema nenhum. Se tiver janela com batente (em uma situação segura, rs), pode colocar lá para esfriar também. Só tome cuidado com os passarinhos cantantes :-)


Torta de pera 
(Rende 4 porções, preparada em travessa redonda de 20 cm de diâmetro)

Massa
1/2 receita DESSA massa básica de joelho
(Alteração para massa doce: em vez de 1/2 colher de sopa de açúcar, coloque 3 colheres)

Recheio
3 peras médias sem casca e cortadas em lâminas
3 colheres de sopa de uva-passa sem caroço (opcional)
3 colheres de sopa de açúcar
Suco de meio limão
Ovo (ou leite + açúcar) para pincelar

Faça a massa conforme a receita, com a alteração indicada na quantidade de açúcar, e divida em duas bolas, uma levemente maior que a outra. Abra a bola maior com um rolo de massa como se fosse um disco de pizza, do centro para as laterais, a fim de ficar redondinha, e forre a travessa com esse disco, deixando as sobras penderem pelas laterais - você pode levar a massa enrolada no rolo para ajudar nessa tarefa, "desenrolando" a massa sobre a travessa. Em um recipiente, misture todos os ingredientes do recheio e acomode essa mistura sobre a massa que está forrando a travessa. Abra a outra bola de massa (a menor) do mesmo jeito que a primeira, em forma de disco. Faça furinhos nessa massa (usei um bico de confeitar, mas pode furar até com garfo) e cubra o recheio. Apare as sobras de massa na travessa que ficarem muito grandes e junte as bordas dos dois discos de massa com os dedos, enrolando para dentro. Pincele com ovo batido (usei outra opção, veja abaixo) e leve ao forno baixo por 35 min, depois ao forno alto por mais 10 min.

Na hora de colocar o recheio sobre a massa, o ideal é acomodar no formato de "montinho", preenchendo bem a cavidade e deixando mais pera no centro, para dar a forma característica da torta. Vou contar um segredo: usei apenas duas peras - era o que eu tinha - e não encheu bem, por isso recomendo três nos ingredientes.

Em vez de pincelar a torta com ovo batido, pincelei com uma mistura de 3 colheres de sopa de leite e 1/2 colher de sopa de açúcar. Reza a lenda que serve para corar até salgados.

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Sabe onde a casca da pera foi parar? Em uma geleia como essa AQUI. Passei as cascas no processador (pode ser no liquidificador) e, de resto, fiz igual.

Se você não tem rolo de massa (de macarrão, de pastel), pode usar uma garrafa de formato regular (como as de vinho) forrada com papel filme.

Aviso aos navegantes: de acordo com as novas regras ortográficas, "pera" perdeu o acento e agora é grafado desse jeito esquisito assim mesmo. A sensação de que falta alguma coisa ainda é forte, mas com o tempo a gente se acostuma.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Suflê de abóbora


Quer um acompanhamento fácil, leve - tanto por ter pouca gordura quanto em relação à textura - e, o mais importante, gostoso? E se ele ainda "der pinta" de coisa chique? Então esse suflê de abóbora é para você. Nessa receita, o queijo foi abolido em prol da saúde, o leite pode ser desnatado e a manteiga, light. Ninguém precisa saber que é tão prático de fazer, então, pode afrancesar e chamar de soufflé.

A cebola e a própria abóbora, deliciosa por natureza, garantem o sabor desse suflê. Você pode usar a variedade de abóbora que quiser, mesmo as que soltam muito líquido podem ser corrigidas no fogão, deixando o creme "secar". O cozimento prévio da abóbora ainda foi no micro-ondas. Não falei que era prático?

Suflê de abóbora
(Rende duas porções)

1 e 1/2 xícara de abóbora cozida e amassada (cerca de 400 g de abóbora crua)
2 ovos
1 colher de sopa de cebola picada (ou a gosto)
1 colher de sopa de manteiga
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 xícara de leite
Sal e pimenta do reino a gosto

Preparando a abóbora: você pode cozinhar a abóbora no micro-ondas. Corte a abóbora crua em pedaços grandes, umedeça-os com água e leve em um prato ao micro-ondas em potência alta por cerca de 3 min, no caso dessa quantidade de abóbora.
Doure a cebola na manteiga. Junte a farinha de trigo e deixe dourar um pouco também. Acrescente o leite aos poucos e vá mexendo vigorosamente com um fouet (batedor de arame), até formar um creme. Junte a abóbora cozida e amassada e tempere a gosto com sal e pimenta do reino (usei a branca). Desligue o fogo, coloque as gemas dos dois ovos e mexa rápido com o fouet. Reserve. Bata as claras em neve (usei o batedor do mixer) e agregue delicadamente ao creme reservado, fazendo movimentos de baixo para cima. Leve ao forno a 180º C por 40 a 50 min, até estar crescido e dourado.

Após sair do forno, o suflê tende a abaixar, isso é normal. Por isso, sirva de imediato, suflê é coisa para se comer quente, pelando :-)

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A receita original na qual me baseei é ESSA, do blog Aqui na Cozinha.

A abóbora já andou aparecendo outras vezes. Coloque o termo "abóbora" em nossa busca (no topo, à esquerda) e veja o que mais você pode fazer com a abóbora e como aproveitá-la melhor.

O restaurante A Polonesa, do RJ, é famoso por seu suflê de chocolate, que já experimentei e não achei nada de mais. Porém, a técnica que eles usam para o suflê não murchar rápido é muito curiosa, veja AQUI.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Brownie de caneca com sabor de brownie

Há algum tempo, fiquei procurando uma receita de brownie que pudesse ser feito no micro-ondas, ao estilo dos bolos de caneca. Encontrei algumas, porém nenhuma delas me deixou satisfeita. Pelo menos as que caíram nas minhas mãos, todas pareciam um bolo de chocolate. Brownie é mais que isso, e o brownie de caneca também deveria ser.

Consultei algumas receitas de bolo de caneca e adaptei a receita do brownie perfeito da Helena (AQUI) para que pudesse ser feita no micro-ondas, do mesmo jeito rápido e prático. O resultado é um brownie de caneca com sabor mesmo de brownie. Essa é daquelas receitas muito perigosas, pois, de tão fácil, prática e gostosa, dá vontade de fazer todo dia.

A preparação em duas etapas não tira nada da praticidade: ao contrário dos bolos de caneca, o brownie de caneca vai antes ao micro-ondas por...30 segundos. Mesmo assim, você estará com a primeira garfada de brownie na boca em um tempo total de não mais que 5 min.



Brownie de caneca 
(Rende uma xícara de 300 ml)

1 colher de sopa de manteiga
30 g de chocolate em barra meio amargo (ou ao leite)
2 colheres de sopa de açúcar refinado
1 colher de sopa de açúcar mascavo (ou mais 1 colher de açúcar refinado)
2 colheres de sopa de chocolate em pó
2 colheres de sopa de farinha de trigo
1 pitada de sal
4 gotas de essência/extrato de baunilha
1 ovo pequeno
1 colher de sopa de castanhas da preferência (opcional)

Observação: todas as medidas são em colheres rasadas (é exatamente o nível da colher, sem fazer montinho).
Na caneca de 300 ml, coloque a manteiga e o chocolate em barra quebrado. Leve ao micro-ondas por 30 segundos. Se necessário, misture para o chocolate terminar de derreter. Junte todos os outros ingredientes, deixando o ovo e as castanhas por último. Mexa vigorosamente com um garfo. Leve ao micro-ondas por 1 min e 45 segundos. Ele deve assar, mas ainda ficar úmido. Já acabou a receita.

A quantidade de chocolate meio amargo ou ao leite é equivalente a uma barrinha pequena, daquelas que a gente compra em qualquer esquina. Você pode passar na banquinha que vende chocolate no caminho de casa, já na (segunda) intenção do brownie de caneca pós-jantar. Se não tiver jeito, dá para usar achocolatado no lugar do chocolate em pó, o segundo fica mais gostoso, mas vale mais a praticidade. Nesse caso, eu tiraria meia colher de açúcar da receita.

Se você quiser colocar uma bola de sorvete de creme bem no topo da caneca, não lhe recrimino. Apoio bastante até. Para desenformar - afinal, a receita rende uma xícara de 300 ml cheia, dá para dividir -, é só fazer a mistura em um recipiente separado e colocar depois em uma caneca untada e enfarinhada. Aí já perde um pouco a praticidade de fazer tudo na caneca. E dividir um brownie na mesma caneca pode ser muito romântico :-)

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Já que o brownie foi tão rápido, por que não fazer o sorvete para acompanhar bem rapidinho também? AQUI tem uma receita miraculosa (e engenhosa) de sorvete. Não testei, mas fiquei com vontade. Se você fizer antes, volta para me contar? Atualização: testei esse sorvete rápido que indiquei antes e dá supercerto! Veja AQUI como fazer um sorvete tipo frozen yogurt em 10 min para acompanhar seu brownie de caneca :-)

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tortilla espanhola assada


Como uma mistura tão simples de batata e ovos pode ficar tão gostosa? A tortilla espanhola aparece por aqui em uma versão pouco tradicional: é assada no forno, em vez de frita na frigideira, e a quantidade de ovos foi reduzida, para manter o sabor dessa tradicional receita da Espanha, mas não abusar na gemada. Temperinhos e a linguiça de frango - no lugar do chorizo, aquela linguiça curtida da boa - entram para dar sabor sem comprometer a saúde.

Basicamente, a tortilla espanhola é feita na frigideira à base de batata e ovos batidos, com temperos que variam de acordo com a região da Espanha e, claro, de acordo com o gosto. Pesquisando pela internet, vi que podem levar pimentões, páprica (a tortilla brava madrilenha), ervilhas, champignon. Depois que saiu de Navarra - origem do primeiro documento que fala do prato - e se espalhou pelo mundo, ficou difícil controlar a tortilla e a imaginação de quem a faz.

A tortilla assada entra no rol das invencionices: permite o uso de menos óleo e ainda dá para fazer aquela travessa bem grande para a família toda. Algumas gambiarras ainda fizeram com que fossem usados apenas dois ovos em uma receita que rende quatro porções.



Tortilla espanhola assada
(Rende 4 porções)

Primeira etapa
2 batatas grandes em cubos pequenos
2 linguiças finas de frango em rodelas
1 colher de chá de alho frito (ou dois dentes de alho picados)
Pimenta calabresa a gosto
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de chá de farinha de trigo
Sal a gosto

Segunda etapa
2 ovos
1 xícara de leite
1 xícara de água
3 colheres de sopa de farinha de trigo
Azeitonas verdes

Primeira etapa: seque os cubos de batata em um pano de prato limpo e os coloque em uma travessa larga e não muito alta (a que usei é 30 x 17 x 5 cm). Junte a linguiça, o alho, a pimenta calabresa e o azeite, misturando bem. Salpique a farinha de trigo e misture com as mãos. Espalhe esse recheio de maneira bem uniforme na travessa e leve ao forno médio por cerca de 20 min, para assar as batatas e a linguiça.
Segunda etapa: bata os ovos com um fouet (ou garfo), junte o leite, a água e a farinha e bata novamente. Despeje essa mistura por cima das batatas, finalize com azeitonas verdes, e volte ao forno médio-baixo por mais 50 min, até esse líquido ficar firme. Para servir, salpique coentro (ou salsinha) picado e regue com muito azeite.

Os temperos da mistura de batata podem ser vários, podem entrar cebola, alecrim, orégano...fica bem a gosto do freguês. A quantidade da mistura da segunda etapa deve ser o suficiente para cobrir o recheio de batatas, deve ficar rente ao topo do recheio. Dependendo da travessa que você use, pode reduzir a quantidade de água e leite. Você pode também apenas bater os dois ovos e jogar em cima da mistura de batata, assim fica apenas uma base fina de ovos e o recheio de batatas por cima. Serve de prato único ou pode vir com uma salada verde.


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A receita foi inspirada NESSA.
Saiba mais sobre a tortilla AQUI. Destaque para a foto da tortilla das Astúrias, mais alta. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Carne caipira


De frango caipira todo mundo já ouviu falar, e de carne caipira? Para mim, nada remete mais à comida da roça, "caipira", do que um cozido/guizado bem temperado, seja de carne ou de frango. Essa carne cruzou ainda mais a "porrrtera" com os pedaços de espiga de milho que tanto dão sabor quanto recebem sabor da carne, em uma parceria na qual só há ganhos. Claro que a comida de fazenda ganhou um toque de modernidade na cidade: a panela de pressão entra no lugar do forno à lenha e garante a rapidez de que a gente precisa.

Para cozidos, recomendam-se cortes de carnes de segunda, mais baratos e nem por isso menos saborosos. Escolhi o chã por ser uma carne mais magra, o que fez com que o resultado não fique boiando na gordura, brilhando de óleo. A carne ficou bem macia, mas sem a "suculência" da gordura. Gosto assim, mas fique à vontade para usar outro corte. Confesso que entendo muito pouco de cortes de carne bovina, mas reza a lenda que peito, patinho, chã e acém são boas escolhas para esse tipo de receita. 

E o resultado disso tudo foi um cozido de carne bem temperado, levemente picante (pode ser mais, se você quiser) e com milho de comer com as mãos. Êta, mundo véio sem porrrtera!

Carne caipira
(Rende 4 porções)

500 g de chã (ou o corte da preferência) em cubos
2 dentes de alho picados
1/4 de cebola pequena picada
1/2 pimenta dedo-de-moça picada (sem sementes)
3 folhas de louro
3 cravos-da-índia
1 colher de café de páprica doce
1 colher de sopa de coentro fresco picado
3 espigas de milho em rodelas
Sal a gosto
Pimenta do reino a gosto 
Azeite
Cerca de 2 xícaras de água

Na panela de pressão, refogue o alho e a cebola em azeite (na manteiga ou no óleo). Junte a carne e deixe dourar. Acrescente o louro, os cravos, a páprica, a pimenta do reino e o sal, misture e deixe apurar um pouco. Coloque a pimenta dedo-de-moça e o coentro, juntando as rodelas de milho e a água. Tampe a panela de pressão e, quando começar a chiar, conte 25 minutos e depois desligue o fogo. Deixe a panela quietinha até a pressão sair, depois de uns 10 min. Se necessário, dá para forçar a barra e colocar a panela debaixo da água fria da torneira, o que eliminará qualquer resquício de pressão. Aí, sim, pode abrir a panela e verificar se a carne e o milho estão bem cozidos. Aqui, deu nesse tempo que indiquei. Se precisar, pode levar a panela novamente ao fogo (tampada) por uns 10 min. Caso sobre muita água depois que terminar o cozimento na pressão, você pode deixar a panela destampada no fogo por alguns minutos para "secar"  o molho.

Para um resultado mais picante, substitua a pimenta dedo-de-moça por pimenta calabresa seca ou malagueta (por sua conta e risco). Para continuar ameno, pode usar a pimenta biquinho.

Panela de pressão: amizade e respeito

Não sou mulher de ter medo de panela (rá!), mas a panela de pressão - essa grande aliada na cozinha - deve ser usada com muita reverência, da forma correta, para evitar acidentes. 
  • A válvula da panela de pressão deve estar sempre bem limpa e desobstruída. É por ela que o vapor é aliviado, evitando que a pressão fique extrema dentro da panela. Lave com cuidado, inspecionando se os "buraquinhos" estão todos livres (eu jogo água e vejo se a mesma está saindo sem obstáculos por todos os furinhos, inclusive o furinho da tampa).
  • Prefira panelas que tenham "pino de segurança", que sai e libera vapor da panela se a situação ficar tensa.
  • Os ingredientes da receita não devem preencher mais da metade da panela. Se a quantidade for muita, faça em duas vezes.
  • Garanta que terá líquido dentro da panela durante o cozimento. Eu sempre jogo um pouquinho (um monte, na verdade) de água antes de usar a panela de pressão, mesmo com ingredientes que soltam líquido.
  • Não abra a panela até que a pressão tenha saído. Como o alimento continua cozinhando enquanto houver pressão, é legal desligar o fogo e deixar a pressão ir saindo naturalmente, pois, enquanto isso, vai terminando de cozinhar. Colocar a panela embaixo da água fria da torneira é um truque para a pressão sair mais rápido, mas ando fazendo isso só para "finalizar" a saída da pressão e escutar aquele "ploft" da tampa.
  • Não tenha medo, mas respeito.
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Deixo uma homenagem ao caipira mais famoso do Brasil, o Jeca Tatu, interpretado AQUI por Mazzaropi.

Esse respeito todo à panela de pressão veio depois de um acidente, sem graves consequências: o líquido da panela secou, o alimento começou a queimar e a fumaça gerou tanta pressão dentro da panela que estufou o fundo. Minha cozinha podia ter ido para o espaço.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Salada em boa companhia: sementes de abóbora


O título dessa postagem causou estranheza? Há pouco tempo eu também acharia estranho. Mas a verdade é que as sementes de abóbora, que geralmente jogamos no lixo, pode se tornar um snack muito gostoso depois de assadas - o jeito que fiz - ou torradas e acrescentar um crocante à salada mais boba que você puder imaginar. Esse "muito gostoso" me surpreendeu: é difícil conseguir parar de comer as sementinhas.

A prova foi tirada com duas pessoas (eu e marido): uma que come qualquer coisa (eu) e outra mais restritiva (marido). Foi dureza não comer todas as sementes assim que saiu do forno e conseguir manter algumas para colocar na salada, que é nossa sugestão de uso para as sementinhas. Esse é um crouton que aproveita algo aparentemente sem uso e que ainda agrega muita saúde a sua refeição (confira abaixo os benefícios e o motivo de ser tão "imparável" na hora de comer).

Semente de abóbora aperitivo

Retire as sementes da polpa da abóbora, na quantidade que tiver, lave bem em água corrente e seque em papel toalha. Tempere as sementes com azeite (usei 1 colher de sopa para meia xícara de sementes) e com as ervas de sua preferência. Acredito que ervas secas funcionam melhor. Acabei usando tempero chimichurri pronto, que é uma mistura de alho, salsinha, pimenta...tudo desidratado. O sal pode entrar aqui ou depois de prontas. Leve as sementes ao forno médio em uma travessa na qual possam ficar bem espalhadas e fique de olho: quando estiverem douradas, estão prontas. Dependendo da quantidade, é coisa de minutos, cuidado para não queimar (o que aconteceu aqui da primeira vez que fiz).

Acabei assando as sementes no forno, mas depois percebi que, para pouca quantidade de sementes - como era o caso -, era mais negócio torrá-las em uma frigideira ao fogo, usando os mesmos ingredientes e mexendo sem parar com uma colher (como se torra amendoim). Depois de prontas, consuma imediatamente, pois notei que amoleceram um pouco com o tempo. Não tentei guardar as sementes de abóbora em pote de rosca bem vedado - não deu, comemos tudo -, é capaz de isso mantê-las crocantes.

Dizem que essas sementes acompanham bem uma cervejinha, como aperitivo. Como a bebida não faz muito o estilo da Casa, a sugestão é para colocar as sementes finalizando uma salada, para dar um "croc".



Salada verde com tomate morno e semente de abóbora

Rúcula
Tomate cereja (ou qualquer tomate mini, ou tomate comum em pedaços grandes)
Azeite
Molho de soja (shoyu)

Corte os tomates ao meio (no caso do tomate comum, em pedaços grandes) e leve com o azeite e o molho de soja ao micro-ondas por 1 min na potência alta. Pode levar a mistura ao fogo também, só até esquentar. Disponha a rúcula em uma travessa e espalhe a mistura de tomate por cima. Salpique as sementes de abóbora e bon apetit.

Atualização em 27/10 - Torrei as sementes lavadas na frigideira com um fio de azeite e temperinhos, deu supercerto! Já guardar as sementes torradas em pote de rosca para comer depois não foi boa ideia: perderam a crocância. A solução é guardar as sementes bem limpas e secas em pote fechado, para torrar rapidinho na frigideira na hora que for usar, aí sim fica prático e não perde sabor.

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Depois de começar, é difícil parar de comer. A semente de abóbora é um dos alimentos conhecidos como "Prozac natural", que melhoram o humor. Praticamente um chocolate que não engorda. Saiba mais AQUI.

Entre outros benefícios, a semente de abóbora ajuda a fortalecer o sistema imunológico e regularizar o intestino. Veja AQUI.

Os croutons são velhos aliados para dar uma diferença na salada básica. Aprenda AQUI a fazê-los no micro-ondas.

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