Esta última fase da Blogagem Coletiva Fases da Vida, trata de um tema tão "espinhoso" quanto o da fase anterior: vida além da morte. Em vez de fazer uma reflexão baseada em determinada crença religiosa - afinal, cada uma delas tem sua visão sobre o que acontece após a morte -, resolvi fazer uma analogia. A primeira coisa que me veio à cabeça quando pensei sobre o tema foi um grãozinho de feijão. Sim! Sou louca? Um pouco (e um pouco médica também).
Quase todos nós já tivemos, quando criança, que passar pela experiência do feijão no algodão. A professora da escola pedia que a gente colocasse um algodão molhado no fundo de um copo e ali depositasse um grãozinho de feijão, e pedia que ficássemos atentos, pois algo de mágico aconteceria.
E a gente olhava para aquele grão de feijão que acabara de pegar do pote de mantimento, que estava mais para um pedaço de pedra do que para a planta que um dia fora, e fazia o que a professora tinha pedido, sem grandes esperanças de que algo muito espetacular acontecesse. Afinal, a professora devia estar nos "enganando" só para que todos fizessem seu dever de casa.
Por curiosidade, que em criança é bicho que cresce e parece que vai explodir, sempre era bom dar aquela olhadinha, só para ver se aquele pedaço de pedra ainda estava lá no lugar que a gente deixou. Ah, e para molhar o algodão de quando em quando, que a professora mandou. Até que um dia aparece uma "cobrinha" saindo do feijão. E depois aquilo se transforma em bracinhos, de onde saem folhinhas, que vira uma plantinha, com tudo que se tem direito. E da "pedra" surgiu VIDA. Surgiu justamente de onde parecia não haver vida, mas ela estava lá, latente.
É sob essa perspectiva que gostaria de abordar minha participação: há vida onde justamente parece não haver, o que sabemos sobre vida além da morte? Cada crença tem sua opinião, e na maioria a esperança é que não acabe ali. Algumas coisas precisam morrer para que outras nasçam no lugar. Isso é transformação, e é bom, é crescer. Quem sabe depois do feijão inerte, de onde a seiva se esvaiu, não haverá plantas crescendo e começando tudo de novo?
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Imagem: sxc.hu
Para conferir as outras participações da BCFV, visite os blogs Publicar para Partilhar, Na Cozinha ou Espiritual-idade.
Adri,
ResponderExcluirÉ essa capacidade de raciocínio que lhe fez chegar a um denominador comum. Você abordou a esperança como um elo entre as crenças, que por sua vez é "verde", e nos trouxe um feijãozinho, que também mostra suas folhas verdes.
Que não percamos a esperança!
Grata por sua contribuição nessa coletiva em todas as fases! Sei que não é fácil refletir, unindo a temática do blog, mas você conseguiu.
Bom final de semana!
adorei esta analogia, parabéns
ResponderExcluirAdri, feliz sua analogia. Se o grão de trigo não morrrer... Ele também citava isso... Eu amei a sua postagem. Tudo de bom, minha querida!
ResponderExcluirAdri adorei sua abordagem sobre o tema, foi de uma delicadeza sem fim, uma viagem ao passado e a tudo o que vivemos até hoje e ainda o que está por vir, é o ciclo da vida, o final dela para mim, não existe, continua sempre assim como o feijãozinho que um dia apareceu por alguma razão, e voltara pela mesma razão. Lindo. Bjos escelente domingo
ResponderExcluirRetificando: Excelente domingo...bjinhos
ResponderExcluirAdri, gostei muito de sua comparação, acreditando que a vida é contínua, nos resta observar o crescimento/desdobramento dela.
ResponderExcluirBjuss!!!
É a constante transformação. Nascer, crescer, morrer, cada célula, cada ser, e assim por diante. Muita paz!
ResponderExcluirAdri..é uma transformação...um recomeço...
ResponderExcluirPaz e bem
Olá, querida, desejo encontrá-la assim hoje:
ResponderExcluirAo sol da manhã
uma gota de orvalho
precioso diamante.
(Matsuo Basho)
Infelizmente não pude comparecer ontem... mas meu coração esteve com VC... Creia, amiga!!!
Quem de nós deixou de fazer a experiência rica do feijãozinho que morre pra renascer??? Creio que muitos de nós...
Perfeita a sua colocação e parabéns!!! RESSURREIÇÃO PURA!!!
"O orvalho não se reinventa em metáforas prenhes de ilusão… pois será sempre orvalho"…
BlueShell
Deus te abençoe por ter caminhado por 7 meses conosco...
Seja feliz e abençoada!!!
Um bjm fraterno de paz e o meu carinho de sempre...
Conte comigo também!!!
http://espiritual-idade.blogspot.com/
Querida Adri,
ResponderExcluirsuper extraordinária a analogia do grãozinho de feijão com o estado latente em que nos encontramos antes de manifestar vida.
A metafora serviu na perfeição para exemplificar o fenómeno. Sua mente é fértil de ideias geniais. Continue estimulando ela, a nos falar com simbolismo. A criatividade traz sempre mensagens ocultas importantissimas!
Beijinhos de feijão,
para germinarem um a um em cada dia que eu não passe por aqui.
Por falar nisso...
Também andei ausente da internet.
Precisei dar um tempo para os olhos descassarem.
Rute
Meninas, obrigada pelos recadinhos de vocês, sempre digo que o enriquecedor dessa blogagem é a coletividade, não só das postagens, mas das ideias que surgem a partir deles. Minha postagem sempre sai mais rica do que entrou, por causa da contribuição de vocês :-) Agradeço às queridas Rute, Rosélia e Gina, que conduziram tão bem essa blogagem que chega ao fim... ou ao começo de novas descobertas :-) Beijos a todas!
ResponderExcluirAnalogia perfeita para a certeza da vida após a morte do corpo físico!!Bjs na alma.Minha postagem está aqui:http://rumoslibertadores.blogspot.com
ResponderExcluirBjssss
Perfeita sua analogia! "Se o grão não morrer fica ele só, mas se morrer dá muito fruto"
ResponderExcluirBjs