verificador pinterest Casa, Coisas e Sabores: maio 2010

domingo, 16 de maio de 2010

Brincando de confeiteira

Bolo do meu noivado, coberto com pasta americana
Quando eu era pequena, minha mãe fazia altas festas de aniversário para mim e minha irmã mais nova, com bolo, balas de coco enroladas no papel com franjas e bola gigante com balas dentro, um dos momentos mais esperados de todas as crianças nas festinhas, antes das cotoveladas e do choro.

Naquela era pré-papel de arroz, bolo de aniversário que se prezasse tinha que ter glacê. Mas não era só cobrir. Tinha que ter bico pitanga, flores de glacê real e o seu nome escrito em bico perlê.

Lembro do saco de confeitar da minha mãe. Na teoria, parece ser muito fácil colocar o glacê no saco, enroscar o bico e sair confeitando. Na teoria. Na prática, é preciso muita habilidade para manejar o "equipamento" e mão firme para evitar que os traços de glacê saiam murchos e tristes, o que definitavente não tem cara de festa.

A única vez em que tentei confeitar com glacê, para um bolo com a bandeira dos Estados Unidos que tive que levar para a escola (???), ficou horroroso. Se Bush filho fosse presidente naquela época, eu estaria na lista negra de terroristas, talvez até no Eixo do Mal.

Felizmente, pulando a era do papel de arroz, resolvi minha sanha de ser confeiteira com a maravilhosa pasta americana. Quem se dedicava com afinco na escola à massinha de modelar ganha pontos nesta parte da confeitaria.

A massa é muito fácil de manusear e bastante versátil, pode ser colorida com várias nuances usando corante em gel (a água é total inimiga da pasta americana) e, com um bom acabamento, decora de bolos finos aos mais divertidos, para festas infantis.

Nunca tentei fazer, compro a massa pronta, de um tipo que já vem maleável, pois meus bracinhos não dão conta daquelas pastas que vêm duras feito pedra. Uso açúcar impalpável para trabalhar e abrir a massa. Como uso uma pasta mais molinha, não corro o risco de deixá-la dura.

Para aderir à massa do bolo, o gel de brilho (ou qualquer outra geleia) resolve. Se tiver que colar algum detalhe de pasta americana na cobertura também em pasta, uma gotinha de água. Cortadores próprios resultam em flores, folhas, corações...

O primeiro passo para trabalhar com pasta americana é saber cobrir o bolo de forma correta. Nesse momento, uma camada de glacê real ou chantily serve de "argamassa" para cobrir as imperfeições do bolo e dar um efeito liso.



Outra possibilidade de uso da pasta americana é para decorar cupcakes, tão em moda nas festas de casamento e infantis. Para entregar os convites do meu casamento aos padrinhos, decorei alguns muffins como noiva/noivo. Comprei uma embalagem pequena demais e amassei um pouco a decoração.



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Atualizando: A pasta americana maleável é da marca Arcolor (tive que pesquisar para descobrir a marca, sempre me guiei pela cor bege da embalagem). A mesma marca tem ótimos corantes em gel e em pó. Para comprar no Centro do RJ: http://www.aidanfesta.com.br/, uma ótima loja de tudo que é artigo para confeitaria e festas. E lá ainda tem os clássicos noivinhos da Wilton. No Largo do Machado (RJ), tem a http://www.jlmpapelaria.com.br/, mistura de papelaria, loja de presentes/artigos de festas, quebra o galho com muita autoridade. Fora as outras 1.352 lojas de festas da Alfândega.

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Ao colorir a pasta americana, é preciso ter em conta que a tonalidade vai se intensificando com o passar do tempo, por isso todo o cuidado é pouco quando a ideia é conseguir tons suaves. Para não errar, também há a opção de comprar a massa pronta já na cor desejada.

sábado, 1 de maio de 2010

Risoto de camembert e tomate seco

Apesar de a receita ser chique demais - foi elaborada pelo chef Danio Braga, da Locanda Della Mimosa, em Petrópolis, um lugar demais para quem quer casar. Caro demais e lindo demais -, o motivo de a mesma ter surgido aqui em casa foi pobre demais.

Marido adora queijo. Do jeito que eu adoro doce e fico querendo provar todos que não conheço, marido sonha experimentar todos os queijos existentes neste e em outros universos.

- Traz o brie que está o mesmo preço (cara de nojo para falar brie).
- Mas esse eu nunca comi, camembert (cara de nojo para falar camembert).

E lá saímos nós do supermercado com uma minifatia do camembert.

Marido não aguentou comer o camembert, amargo demais, achou que estava podre. Estava mesmo. E é assim mesmo. Quanto mais podre, mais caro.

Jogar fora? Jamais! Seria como ver algumas muitas notas de dinheiro indo diretamente para o lixo. Peraí que vou caçar algo na internet, alguma receita para aproveitar aquele naco de queijo fedorento que estava na geladeira.

E nisso fui salva pelo risoto de camembert com tomate seco, que originalmente tinha rúcula também, mas estava em falta na horta lá de casa.


É preciso cortar em tiras cerca de 100g de tomate seco e cortar em cubos 200g de camembert. Reserve. Vou confessar que não tinha essa quantidade que a receita pedia, e minha medida foi usar até acabar.

Refoguei umas 2 colheres de sopa de cebola bem picadinha com 1 colher de sopa de manteiga. Juntei uma xícara e mais 1/3 de arroz comum (a receita pedia o arroz carnaroli, mas também estava em falta na horta lá de casa). Para risoto, não se lava o arroz, para ele ficar bem "papinha".

Acrescentei 400 ml de caldo de costela (!!!). A receita pedia caldo de galinha, aquele feito com a carcaça de frango, bem temperado e caseiro, mas nem cubo de caldo de galinha eu tinha. Foi um Sazón de costela dissolvido na água mesmo. Juro que deu certo.

Depois do caldo, acrescentei metade do queijo e do tomate seco. Quando o arroz estiver quase no ponto de tirar do fogo, bem cozido e mais enxuto, porém cremoso, coloquei o resto do queijo e do tomate. Então é só esperar o risoto ficar no ponto e servir. Na falta da rúcula, decorei com umas folhinhas de manjericão, arrancadas delicadamente, mas com muita dor, do meu filho verde.

Só para ficar mais gordo, pode-se colocar uns cubinhos de manteiga em cima do risoto quente, depois de pronto. De acompanhamentos, vinho e namorado/marido.

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Para seguir a receita original do Danio Braga, sem palhaçadas com caldo de costela. E sem comentários para o vinho Periquita, que, aliás, é bom.

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O camembert tem sabor forte e é meio amargo, não é para qualquer paladar. O marido adorou o risoto, mas eu trocaria o queijo por um gongorzola/brie/parmesão fácil.


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