Todos cantam seu clafoutis, também vou cantar o meu. Parafraseando toscamente o poeta Casimiro de Abreu, depois de tanto ver clafoutis de cereja por aí resolvi experimentar a receita, francesa - oui! -, por sinal. Aproveitei algumas cerejas que tinha congelado há algum tempo, encontradas frescas por um bom preço e que esperavam por um destino. O congelamento só postergou o que já sabia: elas virariam clafoutis! Essa é uma receita clássica com cerejas e que me surpreendeu de tão fácil. Cumprida a etapa de encontrar cerejas frescas - talvez o mais difícil disso tudo, dependendo da região do Brasil -, o resto é moleza.
O clafoutis de cereja, que fica entre um bolo e uma torta, pode ser servido quente ou frio. Por experiência própria, e por força do calor, gostei mais geladinho. A massa fica bem úmida, em uma consistência parecida com o pudim de padaria ou bolo mole.
Clafoutis de cereja(Rende quatro porções bem servidas)
2 xícaras de cerejas (usei congeladas, com caroço)
3/4 de xícara de farinha de trigo
4 colheres de sopa de açúcar
1 pitada de sal
2 colheres de sopa de manteiga derretida
2 ovos
1/2 xícara de leite
Misture a farinha de trigo, o açúcar e o sal. Acrescente os ovos e bata bem. Junte a manteiga e bata novamente. Acrescente o leite e misture. A massa fica bem líquida e deve sair lisa. Unte uma travessa com bastante manteiga (usei uma redonda com uns 22 cm de diâmetro), acomode as cerejas no fundo e despeje a massa por cima. Leve ao forno (pré-aquecido) a 200º C por cerca de 40 min.
Apesar de ter batido a massa à mão, achei que o resultado poderia ter ficado melhor, mais aerado, se tivesse usado a batedeira, por isso recomendo usar o aparelho. As cerejas podem ser usadas com caroço e tudo. Na hora de comer, eles não incomodam nada: a cereja fica cozida e o caroço, pequeno, solto lá dentro, sai na primeira mordida. Com a mesma massa do clafoutis, você pode variar e usar outras frutas, como morango, amora, ameixa fresca, uva etc.
Já que avacalhei a poesia do Casimiro de Abreu, nada mais justo que uma homenagem:
Minha Terra - Casimiro de Abreu
Todos cantam sua terra,
Também vou cantar a minha,
Nas débeis cordas da lira
Hei de fazê-la rainha;
[...]
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A receita acima foi livremente inspirada (a poesia tomou conta de mim) no clafoutis de cereja do blog Chucrute com Salsicha (AQUI).
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A receita acima foi livremente inspirada (a poesia tomou conta de mim) no clafoutis de cereja do blog Chucrute com Salsicha (AQUI).
E voilá! Que bela clafoutis ficou hem! Também preciso entrar nessa dança amiga, nunca fiz, estou esperando o momento certo e a fruta certa hehehe. Ficou linda e deliciosa, disso não tenho dúvidas. Beijinhos
ResponderExcluirEspecialíssimo!
ResponderExcluirPreparado à perfeição,
Meus cumprimentos!
Que lindo seu Clafoutis Adri!
ResponderExcluirE o melhor de tudo é que é fácil de fazer, gostoso e causa uma "boa impressão" rsrs...tudo aquilo que a gente ama na cozinha né?!!
Beijos
Tania
Josy, nem precisa esperar pelas cerejas, se botar a mão em uns morangos bem bonitos já aproveita! Faça sim, é um doce não muito doce, mas formiguinha se contenta com qualquer dose de açúcar, rsrs. Beijoca!
ResponderExcluirObrigada, Renata! São seus olhos bondosos que enxergaram perfeição, rs, mas que ficou bom demais, ficou :-) Beijos!
Tania, seu clafoutis foi um dos que me inspiraram, achei que era um sinal para fazer a receita logo de uma vez, rs. Com certeza, amamos tudo isso que você falou :-) Um beijo!